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PEÇA TEATRAL COM BEIJO VIRA POLÊMICA NA REGIÃO

Dois homens se beijam na apresentação em escola Estadual de Palmeira D´Oeste

Publicado em: 27 de março de 2018 às 18:09

PEÇA TEATRAL COM BEIJO VIRA POLÊMICA NA REGIÃO
Ministério Público de Palmeira D’Oeste instaurou inquérito civil para investigar eventual desrespeito ao direito de crianças e de adolescentes em um espetáculo teatral encenado na Escola Estadual Orestes Ferreira de Toledo.

A peça de teatro foi apresentada na sexta-feira (23) e gerou discussão por causa de algumas cenas. Um vídeo feito por um espectador viralizou nas redes sociais.Nas imagens quatro atores comemoram o fato de ter passado para a próxima fase de um concurso de bandas e dois homens começam a se beijar. Logo depois, uma atriz beija um dos atores e em seguida a outra companheira de cena. Elas caem no chão e um ator sobe em cima delas. Em seguida, o outro integrante da peça chega e simula uma cena de sexo.

A peça tem o nome de “#República Muito Além Q’Entre 4 Paredes” e fez parte do Circuito Cultural Paulista. Em um folder sobre a peça, a indicação de faixa etária é de 14 anos. O espetáculo foi encenado na sexta-feira (23). Segundo a prefeitura, cerca de 60 alunos assistiram à peça, entre 14 e 17 anos.

Circuito Cultural Paulista

Em nota, a prefeitura de Palmeira D’Oeste disse que o espetáculo cumpriu uma agenda do Circuito Cultural Paulista, que é desenvolvida, aprovada e paga pelo Governo do Estado e executada pela Apaa- Associação Paulista dos Amigos da Arte.

A nota diz ainda que a data e o horário da peça foram solicitados pelos administradores do Circuito Cultural Paulista. A prefeitura também informou que “respeita a faixa etária dada como limite para apresentação e que confia na idoneidade da administração e classificação etária feita pelo Governo do Estado”.

A prefeitura disse ainda que “está é a primeira vez que aconteça tal repercussão e respeitamos as opiniões dos pais quanto ao conteúdo e que, a partir desta data, passará a solicitar ao Circuito Cultural Paulista uma prévia detalhada das próximas apresentações”.

A companhia de teatro disse que sofreu ameaças por telefone e também pelas redes sociais sobre a apresentação da peça e que irá tomar atitudes na Justiça.

Já a Apaa, por meio de nota, disse que considera descabidas as queixas a respeito do espetáculo. A nota disse também que o espetáculo tem classificação indicativa de 14 anos, a qual estava devidamente informada no local da apresentação.

A nota disse ainda que "a APAA preza pela experiência positiva de todos os seus públicos, com muito respeito, assim como preza pela diversidade. É através da cultura e da diversidade que o jovem aprende a ser mais tolerante, o que certamente reflete num melhor cidadão, mais consciente e democrático. É preciso repensar urgentemente essa conduta persecutória para com as produções culturais. Precisamos de mais reflexão e mais paz, e não de censura", termina a nota.

Em nota, o MP disse que o promotor irá se manifestar sobre o caso somente ao final da investigação, apresentando as razões que possam sustentar o ajuizamento de uma ação judicial ou o arquivamento do inquérito civil.

O Ministério Público disse que irá fazer todos os esforços no sentido de “perseguir o mais absoluto equilíbrio entre o direito à liberdade de expressão e a proteção aos hipossuficientes”.






(TVTEM/G1)

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