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Ex-juiz de Votuporanga tem assinatura falsificada em processo de Rio Preto

Ex-juiz de Votuporanga tem assinatura falsificada em processo de Rio Preto

Publicado em: 18 de outubro de 2012 às 11:37

O delegado titular do 1º Distrito Policial de Rio Preto, Domingos José Marcos, instaurou inquérito policial para apurar a falsificação da assinatura do juiz da 4ª Vara Cível, Paulo Sérgio Romero Vicente Rodrigues, em despacho autorizando a liberação de uma guia judicial no valor de R$ 34,3 mil. Uma cartorária, que está afastada, é a principal suspeita, já que uma das beneficiárias do valor seria sua enteada. O delegado já promoveu um exame grafotécnico no documento com a a assinatura falsa de Rodrigues e confirmou a fraude.

Domingos investiga os crimes de falsidade ideológica e de estelionato. “É falsificada mesmo. Dá para ver que a assinatura não tem nada a ver”, afirmou Domingos, que vai intimar servidores do Fórum para depor nos próximos dias. A irregularidade foi descoberta em julho deste ano, quando Rodrigues, que é diretor do Fórum, estava em férias. Durante esse período, a cartorária, que não teve seu nome divulgado, teria pedido afastamento do cargo - sem vencimentos - e até hoje não voltou para trabalhar. “Teve a situação e pedi para investigar. Parece que houve a falsificação. Mandei ofício para o delegado e não sei quem foi que fez isso. Não sei de quem é a autoria”, afirmou o juiz. “Foi nas minhas férias. Mandei instaurar o inquérito diante da situação, já que poderia haver alguma fraude”, disse Rodrigues.

O Diário teve acesso à cópia do documento que teria sido falsificado com a assinatura do juiz, já que o original foi encaminhado pela polícia para perícia no Instituto de Criminalística de Rio Preto. Rodrigues considerou o caso “gravíssimo” e determinou ainda a abertura de processo administrativo para apurar os responsáveis pelo ato ilegal. “O fato é gravíssimo. O ideal é que isso seja sigiloso para descobrir a autoria do mesmo. O delegado está investigando”, disse o diretor do Fórum.

De acordo com o juiz, um funcionário descobriu a fraude a tempo e evitou a liberação da guia para o saque dos R$ 34,3 mil. “Não fui eu quem descobri. Parece que havia uma decisão indeferindo o levantamento da guia e daí apareceu uma decisão deferindo. O funcionário ficou na dúvida e abriu o sistema, que constava indeferindo e no papel deferido”, disse o juiz.

A reportagem apurou que os funcionários do cartório deverão fornecer material caligráfico para as investigações. A expectativa do delegado é de que a letra da servidora, que pediu afastamento, seja a mesma do documento falso. “Deu na cara que foi ela”, afirmou o delegado, que já adiantou o indiciamento da servidora em se confirmando a fraude. Os advogados que tiveram acesso ao processo, uma ação de cobrança contra o banco Itaú, também deverão fornecer material para ser comparado com a assinatura falsa do juiz. Se condenados, os responsáveis podem ter pena pelos crimes de falsidade ideológica e de estelionato de reclusão de um a cinco anos mais multa. (Rodrigo Lima -Diário da Região)

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