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Homem chega em casa e interrompe o próprio velório

Homem chega em casa e interrompe o próprio velório

Publicado em: 24 de outubro de 2012 às 12:24

O velório de um homem teve um final inesperado na tarde da segunda-feira (22), no município de Alagoinhas, localizado a 107 quilômetros da capital baiana. A família de Gilberto Araújo Santos, 41 anos, levou um grande susto quando ele apareceu vivo na casa dos pais durante o seu próprio velório, algumas horas antes do que seria o seu enterro.
De acordo com informações do delegado Glauco Suzart, tudo começou quando um morador de rua foi morto a tiros em via pública, na noite do sábado (20). Ao saberem do crime, dois irmãos de Gilberto, que também é morador de rua, foram ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Alagoinhas e reconheceram o corpo da vítima.







"A semelhança entre os dois é impressionante,", relata o delegado Glauco Suzart. " Eles tinham as mesmas características físicas, moravam na rua, e trabalhavam como lavadores de carros. Como Gilberto é extremamente parecido com a vítima, é compreensível que o irmão e a irmã dele, naquele momento de emoção, tenham se confundido ao identificar o corpo no DPT".







Após a identificação da vítima, o corpo foi liberado para os familiares, e o enterro dele estava marcado para as 15h30 de ontem (22), no Cemitério Jardim da Saudade, em Alagoinhas. Só que ao saber da sua suposta morte, Gilberto entrou em contato com os parentes a fim de explicar a situação.







"Foi um choque muito grande, porque a gente passou a noite toda velando ele, todo mundo estava desesperado e chorando muito," contou a sobrinha de Gilberto, Ana Paula da Conceição Gomes, 28 anos, em entrevista ao Correio24horas. "Só que no início da tarde recebemos uma ligação de um homem dizendo ser meu tio, afirmando que estava vivo. Lógico que a gente achou que era um trote".







O velório acontecia na casa do pai e da madrasta de Gilberto, no bairro Santa Terezinha. O local ficou repleto de curiosos quando a notícia de que o suposto morto ligou para a residência durante o seu próprio velório se espalhou pela região.







A chegada de Gilberto no local causou um grande rebuliço. "Ninguém entendeu mais nada quando meu tio apareceu vivo aqui em casa. Nós estávamos preparados para enterrar ele," continua Ana Paula. "Quando ele chegou no velório e a gente se deu conta de que ele estava vivo, que íamos enterrar a pessoa errada, foi um misto tão grande de euforia e alegria que eu nem consigo descrever. No momento houve uma grande confusão, e algumas pessoas até fizeram uns comentários maldosos. Só que ninguém imagina a dor que é identificar um parente no necrotério, e se preparar para se despedir daquela pessoa. A alegria que todo mundo sentiu ao descobrir que não era verdade, que não era o meu tio naquele caixão, foi imensa".







Ainda de acordo com o delegado Suzart, após o susto, Gilberto Araújo Santos abandonou as ruas e voltou a morar novamente com os familiares. "Estamos muito aliviados e ainda um pouco assustados com a coincidência," afirma Ana Paula, a sobrinha de Gilberto. "Até o meu tio ficou impressionado quando chegou no velório. Eles eram cópias fiéis, tinham mesma profissão e amigos em comum. Felizmente, tudo não passou de uma grande coincidência", concluiu.







Conforme a polícia, o corpo da vítima, identificada posteriormente pelo apelido de 'Nego da Lata', foi encaminhado novamente para o DPT. Informações preliminares apontam que ele foi morto por estar envolvido em brigas recentes, mas as circunstâncias e motivação do crime ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil de Alagoinhas.



A semelhança é enorme



Uma família de Alagoinhas, cidade a cerca de 100 Km de Salvador, reconheceu por engano o corpo de um homem no Departamento de Polícia Técnica (DPT), na manhã de domingo (21), como se fosse do lavador de carros Gilberto Araújo, 41 anos. O equívoco só foi esclarecido quando Araújo voltou para casa, ainda durante o velório.

A semelhança entre o morto, cuja identidade ainda é desconhecida, com o lavador de carros foi o que provocou o engano dos familiares dele durante o reconhecimento. Nenhum deles percebeu que o corpo não era de Araújo desde a liberação para o sepultamento até o velório.

O corpo chegou a ser velado durante toda a noite de domingo na casa da mãe do lavador de carros. “Foi um susto. As meninas caíram, desmaiaram. Teve gente correndo. A rua encheu de moto, de carro, de tudo”, disse a vendedora Maria Menezes.



enterro estava previsto para o final da manhã de segunda-feira (22). Depois que a situação foi esclarecida, o corpo foi devolvido à Polícia Técnica.

“Vai ser ter tudo desconstituído e agora vai ser mais trabalho para a Justiça, tanto documental, quanto processual. Iremos começar do zero mais uma vez”, disse o delegado Glauco Suzart.

Falecido vivo



Araújo disse que soube de seu próprio velório por um amigo, na rua de casa. Ele afirmou que ligou para falar com um conhecido que estava no velório, mas quem atendeu achou que era um trote. Então, ele resolveu ir pessoalmente mostrar que estava vivo.



“Um colega me ligou [dizendo] que tinha um caixão, que era eu que estava morto. Aí eu disse ‘gente, mas eu estou vivo, me belisca aí”, afirmou Araújo.Segundo José Marcos Santana Santos, irmão do lavador de carros, o último encontro da família com Araújo aconteceu há cerca de quatro meses. "Ele só aparece de ano em ano, a gente fica muito tempo sem encontrar. Ele mora aqui em Alagoinhas, mas cada dia está em um lugar diferente", disse ele.

“Eu fiquei muito alegre porque qual é a mãe que tem um filho que dizem que está morto e depois aparece vivo?”, disse a mãe Marina Santana. (Portal pontagrossa.com.br)

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