Casa pega fogo e deixa mulher com 4 filhos sem lar na região

Há quatro dias sem ter onde morar, a auxiliar de serviços gerais Dirce Pereira dos Santos, 36 anos, conta com a ajuda de familiares e vizinhos para ter o que comer, vestir e dormir com os quatro filhos, com idades entre 8 e 15 anos. O drama começou na madrugada de Natal quando a família teve a casa, no bairro Nova Esperança, em Rio Preto, incendiada. O principal suspeito de ter ateado fogo no imóvel é o ex-companheiro de Dirce. “Estamos contando com a boa vontade dos outros para poder continuar vivendo. Um dia fico na casa da vizinha, outro na do meu sobrinho e assim vamos tentando continuar a vida. Perdemos os móveis, roupas, comida e até nossos documentos. Além da casa que ficou totalmente destruída. Não conseguimos salvar nada.” Segundo Dirce, por volta das 2h da manhã do último dia 25 vizinhos viram a casa em chamas e avisaram a auxiliar. A mulher havia deixado o imóvel e ido para a casa de um sobrinho, no mesmo bairro, depois de ser ameaçada pelo ex-companheiro horas antes. O homem foi visto por moradores nas proximidades do imóvel logo após a casa pegar fogo. “Ele não aceita o fim do relacionamento e por isso sempre ameaça eu e minha filha de 15 anos. Naquela noite ele veio até minha casa tentar reatar a nossa relação, mas como eu não quis ele disse que acabaria com a minha vida. E é isso que ele está fazendo”, conta. A mulher afirma ainda que depois de brigar com o ex-companheiro naquela noite ele quebrou os vidros das janelas do imóvel e teve que ser retirado do local pela Polícia Militar. A auxiliar lembra ainda que o imóvel é financiado e faltam oito anos para terminar de quitar as parcelas. “Não sei o que vou fazer. Estou totalmente sem rumo. A ficha ainda não caiu”, diz. Dirce afirma que depois do incêndio o homem continua ligando e ameaçando a família. As ligações são feitas no telefone celular da filha de Dirce e de um número privado. “Não sei mais o que fazer para ele me deixar em paz”, desabafa. A mulher explicou que não procurou a polícia para registrar as ameaças. Apenas um boletim de ocorrência devido ao incêndio foi registrado. A reportagem não conseguiu localizar o suspeito. (Simone Machado - Diário da Região)