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Chefão do tráfico regional pega 13 anos de cadeia em julgamento

Chefão do tráfico regional pega 13 anos de cadeia em julgamento

Publicado em: 15 de dezembro de 2012 às 07:56

A 2ª Vara Criminal de Rio Preto condenou Osvaldo Altino Juliano Filho, o Finofo, a 13 anos de prisão, em regime fechado, por tráfico, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo. Outros seis comparsas do traficante foram condenados por associação ao tráfico de drogas.

As condenações são decorrentes da Operação Fim, da Polícia Federal em parceria com a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), que investigou o esquema de Finofo durante cerca de um ano. Em 27 de setembro de 2011, Finofo e outros cinco comparsas acabaram presos. Além disso, em uma casa do traficante em Campinas, a polícia encontrou 305 quilos de cocaína e R$ 1 milhão em espécie, além de 24 quilos de lidocaína, usada no refino da droga, três pistolas semiautomáticas e um revólver.

Para a polícia, Finofo era o traficante número um de Rio Preto, e dizia vender a melhor cocaína da região. Seu faturamento bruto mensal era estimado em R$ 1,4 milhão. O entorpecente, conforme a polícia, era adquirido em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná e levado até Campinas, onde a pasta base era refinada e distribuída nas regiões de Campinas e Rio Preto.

Kelly Cristina Ribeiro, casada com Finofo há 17 anos, “fazia o elo entre os outros traficantes e Osvaldo”, conforme escreve o juiz Leonardo Lopes Sardinha na sentença. Gilberto Gil Gianini, outro dos réus, levava a droga do Paraguai ou de Guaíra (PR) até Campinas. Já Fernando Luís Barbosa de Souza, Rodrigo Pereira Chareti, Fabiano Assis Terreri e Manoel Pedro da Cruz compravam a droga de Finofo e revendiam para pequenos traficantes de Rio Preto.

“Já viu a ‘criança’?”, pergunta Souza a um traficante chamado Pedrinho, em uma das interceptações da PF. Em outra ligação, um homem não identificado diz a Souza que “os meninos gostaram daquele ‘pão’ (droga, conforme a PF) que Fernando mandou para as crianças e querem mais”. Kelly, Gianini, Terreri, Cruz e Chareti foram condenados, cada um, a três anos de prisão por associação ao tráfico. Souza, reincidente, recebeu pena de três anos e meio pelo mesmo crime. Além de condenar Finofo a 13 anos de cadeia, o juiz decretou o confisco de seus bens, incluindo a casa em Campinas, avaliados em R$ 2 milhões.

O promotor Antonio Ganacin Filho disse ontem que vai recorrer ao Tribunal de Justiça pedindo a condenação dos comparsas de Finofo também por tráfico. O advogado de Finofo e Kelly, Weliton Luís de Souza, também informou que prepara recurso no TJ. Os advogados dos demais réus não foram localizados.

Pego com carga ‘pesada’

Osvaldo Altino Juliano Filho, o Finofo, cresceu no tráfico de drogas por influência de Romilton Queiroz Hosi, braço-direito dos megatraficantes Fernandinho Beira-Mar e Leonardo Dias Mendonça. Em fevereiro de 2002, ambos foram presos em São Carlos, acusados de envolvimento direto em um carregamento de 449,2 quilos de pasta base de cocaína. A droga estava escondida em um avião abordado pela PF quando estava prestes a decolar de Rio Verde de Mato Grosso (MS) com destino ao interior paulista.

Condenado a 5 anos e 10 meses de prisão por tráfico, Hosi e Finofo começaram a cumprir pena em presídio de segurança máxima de Campo Grande. O primeiro fugiu no início de 2003, após prestar depoimento no Fórum da cidade, e nunca mais foi localizado. Finofo cumpriu a pena.

Hosi esteve no QG de Finofo em Campinas. A PF apreendeu na casa documentos em nome de Robson Magalhães Neto, e comparou as impressões digitais com as de Hosi. Descobriu que Robson era um nome falso usado pelo megatraficante. Após a descoberta, Hosi foi denunciado por tráfico e associação. O processo, que também tramita na 2ª Vara Criminal de Rio Preto, ainda não foi julgado. (Allan de Abreu - Diário da Região)



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