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Aumentam os afogamentos em prainhas da região Jales e Santa Fé do Sul

Aumentam os afogamentos em prainhas da região Jales e Santa Fé do Sul

Publicado em: 10 de fevereiro de 2013 às 10:33



O Corpo de Bombeiros de Rio Preto e região está em alerta. A preocupação é com o número de mortes por afogamento no Noroeste paulista. Somente em janeiro foram sete vítimas fatais. Durante todo o ano de 2012, 45 pessoas morreram afogadas na região, o que dá uma média de quase quatro pessoas por mês.

O 13º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Rio Preto abrange 102 cidades, como Catanduva, Fernandópolis, Santa Fé do Sul, Sales e Paulo de Faria. E em 2011, estas cidades totalizam 41 registros. Em 2010, foram 37 mortos. E 29 em 2009. Nas 32 cidades abrangidas apenas pela base do Corpo de Bombeiros de Rio Preto, os dados são preocupantes, segundo o tenente Orival Santana Junior. No primeiro mês deste ano, já foram cinco ocorrências de morte por afogamento.

“Os pescadores estão entre as principais vítimas em nossa região. Mesmo aqueles que sabem nadar devem usar colete, porque não se sabe a profundidade do rio e até mesmo porque a maioria dos pescadores, mesmo sabendo nadar, não pratica o esporte periodiacamente. Então, elas sentem câimbras na hora e os afogamentos acontecem”, explica o tenente. E a tragédia que se repete nas águas da região põe famílias inteiras de luto.

O tio de Flávio da Silva Reis, 21 anos, que pediu para não ter o nome divulgado, conta que depois da morte do sobrinho, em 2010, a família não toca mais no assunto. “Preferimos não falar nada sobre o que aconteceu”, diz. Jovem morreu afogado depois de entrar no rio Grande, em Icém, na tentativa de salvar um amigo que pulou no rio para resgatar a namorada.
No dia 10 do mês passado, um caso de afogamento que chocou Rio Preto foi a morte dos irmãos Maicon Luis da Silva, 13, e Marlon Junior da Silva, 16. Eles morreram afogados enquanto nadavam no lago três (Damha) da Represa Municipal.

Depois da morte dos irmãos, a família que morava na Vila Anchieta mudou-se. Segundos os vizinhos, no dia seguinte à morte dos adolescentes, os pais não tiveram condições emocionais de entrar novamente no imóvel, que logo no muro tem pintado os nomes dos irmãos. Os próprios garotos fizeram o registro. A mudança foi feita por familiares. “Os rios, lagos e represas não têm uma profundidade constante e isso engana os banhistas. Além da correnteza, que acaba arrastando as vítimas. Todo cuidado é pouco na hora de entrar na água”, acrescenta Orival.

(Simonse Machado - Diário da Região)

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