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Dengue pode ter causado a morte de cabeleireiro em Rio Preto

Dengue pode ter causado a morte de cabeleireiro em Rio Preto

Publicado em: 02 de fevereiro de 2013 às 07:48

O cabeleireiro Luís Adriano Ferreira da Silva, 35 anos, morreu na manhã da última quarta-feira, no Hospital de Base (HB) de Rio Preto, com suspeita de dengue. A doença é uma das hipóteses admitidas ontem pelo hospital e pela Prefeitura. Outras dez pessoas estão internadas em hospitais da cidade - sete delas no Hospital de Base, duas no Austa e uma na Santa Casa, morador de Mirassol -, com suspeita da doença.

Em todos os casos, os pacientes estão em estado estável, no quarto. Luís Adriano foi internado no HB na última terça-feira, depois ter passado três vezes nas últimas duas semanas pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central e ser diagnosticado como se tivesse virose, de acordo com a família. Na data de internação, o irmão dele, Luis Ferreira as Silva, 33 anos, afirma que ele só foi internado porque ameaçou chamar a polícia. “Ele tinha ido outras duas vezes na unidade. O médico falava que era virose, dava soro e o liberava. Mas ele não melhorava e continuava com muita dor de cabeça e vômito.

Na terça-feira ele desmaiou em casa e teve de ser levado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)”, diz o irmão. Silva estava com dor no corpo, dor de cabeça e vômito, todos sintomas de dengue. Porém, o hospital não descarta que a morte possa ter sido provocada por outra doença infecciosa, como meningite ou gripe A. Amostras de sangue da vítima foram coletados pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e enviados para o Instituto Adolfo Lutz que deverá emitir laudo em 30 dias. A vítima foi encaminhada ao HB na noite de terça-feira, onde foi entubado e internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele foi a óbito na manhã do dia seguinte.

No atestado, a causa da morte está registrada como insuficiência respiratória aguda e edema agudo dos pulmões a esclarecer. O cabeleireiro morava no bairro Maceno, em Rio Preto, onde também mantinha seu salão de beleza. De acordo com o irmão, ele não sofria de nenhuma doença até começar a passar mal há duas semanas, primeiro com dor no corpo, depois com dor de cabeça e vômito. Ainda segundo irmão, apenas no terceiro atendimento, na última terça-feira, foi coletado sangue para exame de dengue. “Não descobriram a tempo o que meu irmão tinha. Até agora não temos nem ideia do que causou a morte dele. Ficamos todos chocados porque a morte foi muito rápida”, diz.

De acordo com a infectologista Delzi Gôngora, do HB, o período crítico da dengue é no terceiro e quarto dia de sintomas. “Passado esse período de maior gravidade a doença já se resolve, mas é preciso fazer um estudo epidemiológico do paciente e aguardar os exames”, afirmou.

A médica disse ainda que várias doenças infecciosas podem provocar a morte em duas semanas, como leptospirose e febre amarela. Com mais 23 casos confirmados ontem pela Secretaria Municipal de Saúde, são 289 registros da doença em Rio Preto, quatro deles com complicações, mas todos se recuperaram.

A Secretaria de Saúde informou que vai instaurar procedimento apuratório para investigar o atendimento prestado ao paciente e confirmar as informações da família. Segundo a pasta, entre as possíveis causas do óbito estão dengue, leptospirose, gripe suína e meningite. Mirassol lidera casos na região No ranking das seis principais cidades da região, Mirassol continua com o maior número de casos confirmados de dengue. Até ontem, 130 tinham sido infectados pelo Aedes aegypti.

No total, a Vigilância Epidemiológica registrou 270 notificações, sendo que 95 foram descartadas e 49 ainda aguardam o resultado do exame. O número registrado no mês de janeiro equivale ao triplo de casos registrados durante todo o ano de 2012. A Prefeitura classifica que o município está em um surto epidêmico, mas afirma que todos os trabalhos para o combater a dengue estão sendo feitos.

Em segundo lugar, está a cidade de Fernandópolis, com 17 casos positivos. A Secretaria de Saúde registrou 57 notificações no total, sendo que 11 casos foram descartados e 29 aguardam resultado.

Dos casos confirmados, dois foram classificados pela Prefeitura como importados, o que significa que essas pessoas foram infectadas em outra cidades, mas os casos foram registrados em Fernandópolis. A terceira colocação é ocupada por Votuporanga. Das 26 notificações registradas, 6 deram positivo para a dengue. O restante foi descartado.

Catanduva teve cinco casos confirmados, sendo que uma pessoa foi infectada na cidade e outras quatro em municípios da região, por isso são importados. No último boletim informativo divulgado pela Prefeitura, cinco exames aguardam por resultados.

Em Santa Fé do Sul, duas pessoas estão doentes. Já em Jales, somente um morador contraiu a doença do tipo importado. Ela foi infectada em Ubatuba. O Executivo aguarda o resultado de 10 exames.

A Prefeitura de Olímpia foi procurada, mas até o fechamento desta edição não informou qual era o número de notificações.

(Elton Rodrigues - Diário da Região)

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