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Filme brasileiro é atração em festival internacional de Berlim

Filme brasileiro é atração em festival internacional de Berlim

Publicado em: 07 de fevereiro de 2013 às 06:41

Uma história de amor vivida por duas mulheres de personalidades e culturas diferentes trazida para as telas por Bruno Barreto é o principal representante do Brasil na 63ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, que começa hoje e vai até o dia 17. O filme “Flores Raras” terá estreia mundial durante o evento na capital alemã, um dos mais importantes do cinema ao lado dos festivais de Cannes (Franca) e Veneza (Itália).

O longa participa de uma das mostras paralelas do festival, e é baseado no livro “Flores Raras e Banalíssimas”, de Carmen Lucia de Oliveira. O filme retrata o romance entre a arquiteta carioca Lota de Macedo Soares, que idealizou e supervisionou a construção do Parque do Flamengo (mais conhecido como Aterro do Flamengo), e a norte-americana Elizabeth Bishop, considerada uma das maiores poetisas da história da língua inglesa, ganhadora do Prêmio Pulitzer.

As personagens são interpretadas, respectivamente, por Glória Pires e pela australiana Miranda Otto, que interpretou a princesa Éowyn na saga “O Senhor dos Anéis”. Em 1997, Barreto (que também dirigiu “Dona Flor e seus Dois Maridos”) competiu na mostra oficial do Festival de Berlim com o longa “O Que É Isso, Companheiro?”.

Nesta edição, seu novo filme foi selecionado para a Mostra Panorama, que no total traz 52 produções. O diretor estará em Berlim durante o festival, onde falará sobre o filme com a imprensa no dia 11. A maior parte dos filmes da Mostra Panorama é dos Estados Unidos, o que, segundo comunicado da organização, remete à origem da mostra, que tinha o cinema independente norte-americano como a marca de sua programação.

O filme de Bruno Barreto terá cinco sessões na capital alemã e será exibido nos dias 9, 11, 12, 13 e 14, em diferentes horários. Em Berlim, “Flores Raras” é apresentado com o título em inglês “Reaching for the Moon”. A Mostra Panorama também exibirá “Habi, la Extranjera”, de Maria Florência Álvarez, coprodução entre Brasil e Argentina, com Maria Luísa Mendonça no elenco.

O Brasil também está presente no festival com “Cosmococas” - instalações de Hélio Oiticica e Neville D’Almeida - e com os curtas “O Pacote”, de Rafael Aidar, e “Xe Tai Cua Bô”, de Maurício Osaki, coprodução entre Brasil e Vietnã.





Competição

O festival será aberto com a exibição do filme “The Grandmaster”, fora da competição, do cultuado diretor chinês Wong Kar-wai, que também é presidente do júri da Mostra Oficial. Seu filme retrata a história de Ip Man, mentor de Bruce Lee nas artes marciais. Composta por 24 filmes, a Mostra Oficial traz produções de diretores renomados como Steven Soderbergh e Gus Van Sant. Do total de títulos, 19 concorrem ao Urso de Ouro.

Os Estados Unidos têm quatro filmes na disputa. Da França, são três. Também há produções da Rússia, Chile/Espanha, Bósnia-Herzegovina, Alemanha, Coreia do Sul, Áustria, Irã, Romênia, Cazaquistão/Alemanha, Canadá e Polônia (veja nesta página).

Um dos destaques é o filme “Closed Curtain”, dos diretores iranianos Jafar Panahi e Kamboziya Partovi. Jafar Panahi está detido em seu país e em seu longa mostra o universo de duas pessoas que vivem escondidas - o dono de um cão considerado inadequado pelas leis islâmicas e uma mulher julgada por participar de uma festa.

Outro título esperado é “Camille Claudel 1915”, dirigido por Bruno Dumont, com Juliette Binoche no papel da escultora francesa. O cinema francês também disputa o Urso de Ouro com o longa “On My Way”, protagonizado por Catherine Deneuve e dirigido por Emmanuelle Bercot, que escreveu o papel principal especialmente para a consagrada atriz francesa. Além de mostras, a programação do festival conta com exibição de clássicos em cópias restauradas, homenagens, debates e encontros.

(Graziela Delalibera - Diário da Região)

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