Homem que matou mulher a facadas pega 20 anos de cadeia em Votuporanga

O pedreiro Eduardo Rafael Flores foi condenado a 20 anos de reclusão ontem, após quase oito horas de julgamento, pelo assassinato da ex-companheira Regiane Dias Magalhães, em 31 de março de 2011, na casa onde ela morava, no Jardim Marin. O réu começa a cumprir a pena em regime fechado e sem o direito de recorrer em liberdade.

Segundo a sentença do juiz Jorge Canil, a partir da decisão dos jurados, embora do réu ser tecnicamente primário, haja vista que a única condenação anterior só transitou em julgado em maio de 2012, a culpabilidade é exacerbada. "O acusado desrespeito medida protetiva, passou a importunar a vítima", explica o juiz.

Em plenário, Eduardo alegou ter descoberto uma traição da companheira, não se conformando com essa atitude. "Em pleno século XXI, não se justifica esse comportamento machista e possessivo. Escolheu o réu o caminho errado, tirando a vida da pessoa que até agora jura amar, perdendo sua liberdade, traumatizando duas famílias inocentes", afirmou jorge Canil em sua sentença.



Defesa

A defesa, composta pelos advogados Gésus Grecco, Douglas Pontes e Fernanda Santana, trabalharam na tese da legítima defesa, tentando convencer os jurados de que o réu ajudava a vítima e que cometeu o crime após ser ameaçado por Regiane com uma faca. Também houve a tentativa de desclassificar as três qualificadoras, de que o crime ocorreu por motivo fútil, meio cruel e de forma que dificultou a defesa da vítima.



Jurados suplentes

Na formação do Conselho de Sentença, apenas 18 dos 25 nomes sorteados compareceram. Desta forma, o juiz Jorge Canil sorteou sete nomes de suplentes que devem estar no tribunal na próxima sexta-feira para outro julgamento, de uma tentativa de homicídio. São eles: Elisabete da Silva Gardini, Maria Regina Barbieri, Liseu Ferreira da Silva, Sandra Borges Daher, Maria Luisa Carvalho Lisboa da Silva, Sinsei Iziara e Walter Fábio Madrid.

(Jociano Garofolo – A Cidade)