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Inveja é sintoma de doença e pode levar à depressão

Inveja é sintoma de doença e pode levar à depressão

Publicado em: 13 de fevereiro de 2013 às 10:25

Você acaba de comprar um carro zero quilômetro, tira uma fotografia do possante e publica em sua conta pessoal no Facebook. Na primeira ida ao supermercado, você estaciona em uma vaga concorrida e, quando volta, tem risco na porta do passageiro. Na hora, você pensa que só pode ser inveja ou olho gordo. A raiva toma conta de você e sua atitude desencadeia vários outros problemas. Neste cenário, é preciso avaliar se a culpa é realmente sua ou do outro. Independente do que aconteceu, segundo a psicologia, você precisa se responsabilizar pelos seus atos e sentimentos e investigar porque incidentes negativos acontecem em sua vida. A inveja não age - o que prejudica é a atitude que você toma. Quem se sente perseguido pela inveja alheia e culpa o outro pelos problemas geralmente é uma pessoa insegura, que costuma seguir na direção contrária às suas metas e se distrai com sentimentos inúteis. Autoconfiança é o melhor instrumento para lidar com a inveja. “Quanto mais autoconfiante, menos a pessoa vai se importar com os ataques do invejoso. A autoconfiança vai passar por cima dos ataques, o que não significa que não possa causar desconforto”, afirma Kátia Ricardi de Abreu, psicóloga clínica e organizacional. A especialista recomenda aos “invejados” que compreendam esta dificuldade em vez de julgar. “O funcionamento da psique e sua compreensão está ao alcance de qualquer pessoa. Buscar informações sempre é bom para podermos conviver com todas as formas de inadequação e dificuldades emocionais que se manifestam no comportamento humano.” Para Kátia, é preciso estar ciente de que é complicado se blindar da inveja alheia. “Não temos controle sobre os sentimentos de inveja do outro. Os ataques vão acontecer. Afastar-se do invejoso é uma forma de se blindar. Outra forma é não se importar com os ataques, vê-los como uma dificuldade da pessoa e não se colocar no alvo.” O psicólogo cognitivo-comportamental Alexandre Caprio afirma que autoconfiança também dissolve o sentimento dos invejosos. “Se nos sentimos aptos a conquistar tudo o que precisamos ou queremos, não precisamos mais destruir a imagem alheia ou desejar o que o outro tem. Quando acreditamos em nós mesmos, e sentimos que temos o poder de fazer de nossas vidas o que quisermos que ela seja, não há inveja. Sobra apenas o respeito em relação ao que o outro conquistou. Esse sentimento, muito mais nobre e com grande poder de nos elevar a patamares cada vez maiores, é a outra face da inveja. Chama-se admiração.” Terapias como a cognitivo-comportamental promovem com eficiência autoestima, habilidades e aptidões no paciente, “tornando-o livre para conquistar seus sonhos e metas ao invés de perder todo seu tempo e energia em ataques pessoais. Mas, para isso, o primeiro passo deve ser dado”. Segundo Caprio, cabe ao invejoso perceber que sua vida se reduziu a um conjunto de justificativas em relação a si mesmo e aos outros, e que o tempo de ser feliz está se esgotando. “Feliz daquele que tem esse lampejo de consciência e aceita ajuda, porque terá a oportunidade de deixar de ser a principal vítima de seus pensamentos, emoções e palavras ferinas”.
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