Médico rio-pretense lança livro com orientação sobre câncer

O câncer a cada ano ganha “força”. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a previsão para 2013 é de 55 mil novos casos de câncer de mama, por exemplo, no Brasil, e 13 mil mortes. Embora os avanços na medicina sejam relevantes, o resultado positivo da doença tem aparecido em pessoas cada vez mais jovens, muitas vezes abaixo dos 35 anos. “Um dos fatores relacionados a este contexto diz respeito ao desenvolvimento. Nas regiões mais desenvolvidas, a incidência da doença é maior. Talvez a vida moderna esteja propiciando o aumento no número de casos. A alta competitividade do mercado, o estresse, a ansiedade, o medo, são todos fatores que contribuem para a maior incidência do câncer”, explica o mastologista Sérgio Bruno, de São Paulo. Ou seja, de acordo com o médico, a mudança no estilo de vida tem promovido ainda mais a doença, uma vez que dois fatores naturais protetores contra o câncer, a gravidez e a amamentação, têm sido relegados pelas mulheres, no caso específico do câncer de mama. “A mulher quer ter poucos ou nenhum filho e, quando tem, amamenta menos, por falta de tempo, sendo que amamenta-ção e gravidez são dois grandes fatores protetores contra este câncer”, diz. Já no caso do homem, o câncer de próstata é o segundo mais comum. Atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Apesar do índice preocupante, alguns estudos apresentados durante a reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) 2012 trouxeram a esperança de avanços no tratamento da doença para os próximos anos. Segundo o urologista Fernando Nestor Facio Junior, de Rio Preto, de forma geral, o câncer de próstata não apresenta sintomas, principalmente se a doença estiver em estágio inicial. Por esse motivo, é recomendável que todos os homens a partir dos 40 anos de idade se submetam ao exame de toque retal e PSA. O exame é feito por meio da análise do formato e consistência da próstata a partir do tato do especialista. Envolvimento Cada paciente oncológico requer tratamento individualizado. Por isso, o oncologista clínico Hezio J. Fernandes Jr., diretor do Instituto Paulista de Cancerologia, afirma que cada vez mais o papel de equipes multiprofissionais no tratamento do câncer é de suma importância. É preciso envolver médicos (oncologistas, cirurgiões, radioterapeutas, entre outros especialistas), enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, dentistas, entre outros, devido à enorme complexidade da doença e suas diferentes abordagens terapêuticas. O cenário que o Inca desenha para o Brasil, em 2013, assume tonalidades no mínimo melancólicas: a ocorrência de aproximadamente 520 mil casos novos de câncer. São esperados mais de 257 mil novos casos para o sexo masculino e mais de 260 mil para o sexo feminino. Livro aborda tema com 120 respostas Para abordar o lado de quem é vitimado pela doença, os médicos rio-pretenses Flávio Augusto Naoum e Paulo Cesar Naoum, da Academia de Ciência e Tecnologia, de Rio Preto, lançam nesta terça-feira (19), na própria academia, o livro “Câncer: por que eu?”, publicado pela All Print Editora. A obra, que conta com 120 respostas formuladas por quem tem ou teve a doença, lança luz sobre a doença que afeta a vida de milhares de pessoas no Brasil e no mundo. O livro, escrito de forma didática, pode ser usado tanto por profissionais da área de saúde quanto por leigos que querem se informar e prevenir contra o mal que, embora ainda não tenha cura consagrada, quando diagnosticado de forma precoce tem boas chances de ser vencido. Serviço Lançamento do livro “Câncer: por que eu?”, dia 19 de fevereiro, às 19h, na Academia de Ciência e Tecnologia, de Rio Preto. Informações pelo telefone (17) 3233-4490 (Cecília Dionizio – Diário da Região)