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Desapropriações atrasam entrega da duplicação da Euclides da Cunha

Desapropriações atrasam entrega da duplicação da Euclides da Cunha

Publicado em: 01 de março de 2013 às 11:11

O governo do Estado voltou a empurrar a conclusão das obras de duplicação da rodovia Euclides da Cunha (SP-320). Inicialmente prevista para novembro, o governo adiou uma primeira vez para março e agora avisa que o término da obra ocorrerá somente no final de julho deste ano. O anúncio foi feito pelo superintendente do Departamento de Estrada e Rodagem (DER), Clodoaldo Pelissioni, que alega problemas nas desapropriações das áreas necessárias.

E enquanto a duplicação sequer foi concluída, problemas estruturais já começam a aparecer na rodovia, que consumiu cerca de R$ 800 milhões dos cofres públicos. Buracos e ondulações já podem ser verificados em diversos trechos da pista, conforme constatado ontem pelo Diário, que percorreu os cerca de 85 quilômetros entre Rio Preto e Votuporanga.

O próprio DER admitiu ontem os problemas e convocou as empreiteiras responsáveis pela duplicação para que “corrijam de imediato todos os problemas verificados nas obras de pavimentação.” Os principais problemas foram detectados próximo a Votuporanga.

“Detectamos problemas, contratamos instituto para analisar a situação e passamos para empresas. As empresas vão arcar com os reparos e já foram notificadas”, afirmou Pelissioni, que não explicou os motivos das falhas verificadas.

No trajeto percorrido pela reportagem, foram verificados vários trechos em que já houve operação tapa-buraco, o que criou “remendos” na pista que acabou de ser feita. Além dos problemas estruturais, motoristas precisam ficar alertas com as obras que ainda estão sendo realizadas na rodovia. O primeiro desvio, para quem sai da Washington Luis (SP-310) sentido Votuporanga, fica no quilômetro 456. Na sequência, há novo desvio na altura do quilômetro 460.

Nos dois trechos equipes continuam a trabalhar, o que incomoda motoristas principalmente por conta da lentidão do tráfego. “Tivemos atraso principalmente pelas desapropriações. Eram 602 áreas no total. Hoje restam oito áreas (a ser desapropriadas). Pretendemos reforçar em março as desapropriações para que as empresas possam concluir até julho com perfeito pavimento”, afirmou o superintendente do DER ao Diário.

Motoristas que passam pela rodovia diariamente dizem que a duplicação é importante. Porém, queixam-se de buracos e não confiam que o governo paulista deixará de instalar praças de pedágios depois da conclusão da obra. “Até agora o governo inaugurou os buracos. Eles estão tapando, mas abre sempre e na minha visão estrada nova não pode ter buraco”, diz o motorista Altair Pogi, 69, que trafega pela rodovia há 40 anos.

Pedágio

Motoristas como Wagner Ribeiro, 29 anos, preocupam-se com pedágios pela rodovia. A maioria diz acreditar que, depois de finalizar obra, o governo vai instalar pedágio - coisa que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se comprometeu em não fazer.

O superintendente do DER não descartou ontem a implantação das praças de cobrança, mas ele nega que a instalação seja logo depois da finalização da duplicação. “Apesar de ser maior obra viária do País, são recursos do tesouro do Estado. A princípio não vai ser ‘pedagiada’. Vamos fazer estudo para manutenção da pista. Portanto, a princípio, não terá pedágio.”

(Heitor Mazzoco - Diário da Região)

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