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TIRO DE GUERRA DE VOTUPORANGA COMPLETA 40 ANOS

Desde sua criação, em janeiro de 1978, 2.237 jovens prestaram o serviço militar obrigatório no TG

Publicado em: 22 de janeiro de 2018 às 18:00

TIRO DE GUERRA DE VOTUPORANGA COMPLETA 40 ANOS
Em 2018, o Tiro de Guerra de Votuporanga comemora nesta terça-feira (23/1) 40 anos de existência. "É importante que não só o jovem, mas que toda comunidade tenha consciência da importância desta organização militar, seja para treinamento dos jovens, seja pela salvaguarda dos ideais patrióticos, mas também por suas enormes possibilidades de interação com a comunidade", afirma o atual chefe de instrução, Sargento Heroito da Silva Cursino Gomes.

Desde sua criação, em janeiro de 1978, 2.237 jovens prestaram o serviço militar obrigatório na unidade de Votuporanga."Nestes 40 anos de história, quantas personalidades já passaram pelas fileiras do Tiro de Guerra? Quantos empresários bem sucedidos, políticos, intelectuais, cientistas, profissionais liberais, etc., com certeza, cada um deles traz na memória momentos intensos vividos quando do serviço militar", assinala o sargento.O atual chefe de instrução reconhece ainda o incentivo do prefeito João Dado nas atividades desenvolvidas ao longo do ano passado. "O prefeito esteve presente em quase todas as nossas formaturas, marcando sua presença e sempre falando com orgulho da sua condição de atirador, reservista da turma de 1972, destacando o quanto o Serviço Militar foi importante para sua formação pessoal, profissional e até política, por isso, agradecemos muito o prefeito Dado por essa disponibilidade", diz.

Aspectos históricos do TG

Há 40 anos, não existia o TG de Votuporanga, o que inviabilizava que os jovens da cidade pudessem prestar o serviço militar obrigatório na sua terra natal. Foi o Capitão Constantino Santoro que, ao assumir a Delegacia do Serviço Militar, que propôs ao então prefeito Luiz Garcia de Haro para que envidasse esforços e firmar convênio com o Ministério do Exército, a fim de criar o Tiro de Guerra, possibilitando assim o fim dos deslocamentos dos votuporanguenses a outros municípios.

A unidade, enfim, foi criada pela Portaria Ministerial nº 1201, de 11 de agosto de 1975, de acordo com o Artigo 56 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 e parecer favorável do Estado Maior do Exército, recebendo o número 02-322. Em 1978, o General de Divisão Geraldo Alvarenga Navarro, Comandante da 2ª Região Militar, em Nota de Instrução nº 08-STG/2, de 07 de novembro de 1977, determinou o funcionamento do Tiro de Guerra 02-322, para o 1º semestre de 1978, tendo como primeiro Diretor, o Prefeito João Nucci, e como primeiro Instrutor, o 2º Sargento Renato Filus. Segundo a estrutura de comando do TG, os prefeitos ocupam o cargo de diretor do Tiro de Guerra.

A primeira turma era composta por 70 Atiradores convocados da classe de 1959, que começaram a servir em janeiro, destacando-se que em agosto do mesmo ano, foi inaugurada a sede onde o TG está, na rua Padre Paranhos. "Estamos acompanhando as obras da nova unidade na rua Rio de Janeiro, e acreditamos que, graças ao empenho do prefeito João Dado e dos senhores vereadores, teremos a honra de ter sua inauguração ainda neste ano, como um ápice do aniversário de 40 anos", conclui o sargento Heroíto.

Gratidão e Lembranças

Assim como o prefeito João Dado que, em seus discursos tem orgulho em se afirmar Atirador e relatar passagens muito importantes quando prestou o Serviço Militar Obrigatório, muitos reservistas se mostram agradecidos pela formação que tiveram. Dentre eles, o remanescente da 1ª Turma de 78, Airton Antonio Guelfi, o Cabo Guelfi. "No início, tudo era novo e apavorante, afinal, vivíamos o período conturbado da ditadura e na ordem do dia, e um assunto era recorrente: o risco de o comunismo ser implantado no Brasil", lembra. Ele conta ainda que "jamais vamos esquecer, aquele período em que todos os dias se acrescentavam fatos novos nas nossa vidas, tanto na formação do soldado, mas principalmente na formação moral daqueles meninos/homens", emociona-se. Após o TG, Guelfi ingressou na Polícia Científica do Estado de São Paulo, alcançando o cargo de Chefe do Instituto de Criminalística de Votuporanga.

Para Sérgio Rodrigo Ramalho Matta, 1º Sargento do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, ter iniciado sua carreira militar no T.G. 02-088, foi uma honra. "Foi a partir de 1996, ano em que contribuí com os meus préstimos à minha pátria, que aprendi o verdadeiro sentido da disciplina e que, não importam as adversidades, o ser humano supera e vence qualquer dificuldade" afirma Matta. Ele diz ainda que no TG, "aprendi a dar o devido valor ao “espírito de corpo” e, desde então, escolhi a minha profissão (...) e sigo este caminho há mais de 20 anos (...) o militarismo me proporcionou uma vida digna, me permitindo dar o sustento à minha família e a dar muito orgulho aos meus familiares, fazendo jus ao axioma de Ésquilo, de que "a disciplina é a mãe do êxito”, assinala.

Galeria dos Chefes de Instrução

Desde a sua criação, doze oficiais do Exército Brasileiro comandaram a unidade do TG. O primeiro foi o 2º Sargento da Infantaria Renato Filus, que permaneceu de setembro de 77 a janeiro de 79, seguindo-se 1º Sargento de Infantaria Osny Carlos Galvão (80/86), 2º Tenente de Infantaria Denerval Meneghini (86/92); 2º Tenente Infantaria Afonso Celso da Silva (92/99); 1º Sargento de Artilharia Artur Anselmo Borges (99/2000); 1º Sargento de Infantaria Oséas Ferreira da Silva (2000/2003); 1º Sargento de Infantaria José Cesar Ruzza (2003/2006); 1º Sargento de Cavalaria Valdecir Rohod Colman (2006/2009); 1º Sargento de Cavalaria Gilberto Marsosna (2009/2012); 2º Tenente de Artilharia Alex Sandro dos Santos Teodoro (2012/2015); 2º Tenente de Comunicações Francisco Antonio Bezerra de Souza (2015/2017) e o atual 1º Sargento de Infantaria, Heroíto da Silva Cursino Gomes (que deve permanecer até janeiro de 2019).







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