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Reunião contra as drogas

Objetivo é desenvolver Grupo Gestor Contra as Drogas em escolas

Publicado em: 19 de abril de 2017 às 19:38

A Secretaria de Direitos Humanos promoveu uma reunião para discutir e elaborar propostas de enfrentamento contra o uso de drogas em escolas públicas em Votuporanga, no início do mês.

O secretário da pasta, Émerson Pereira recebeu representantes de entidades voltadas à problemática das drogas, o coordenador do Programa de Saúde Mental em Votuporanga Reinaldo Carvalho, o tenente da Polícia Militar Edinei Osório, José Aparecido Duran Netto Dirigente Regional de Ensino, Douglas Araújo Conselheiro Tutelar e o vereador Dr. Antônio Carlos Francisco, além de diretores e professores de escolas municipais e estaduais.

O encontro resultou no desenvolvimento de projeto para a formação de um Grupo Gestor constituído por representantes de diversos segmentos como Educação, Saúde, Segurança Pública; Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e Sociedade Civil a fim de elaborar e aplicar propostas de enfrentamento ao uso de entorpecentes nas instituições de ensino. O projeto prevê a reunião mensal de uma equipe multidisciplinar de profissionais nas unidades escolares, com intuito de discutir, elaborar e aplicar propostas de enfrentamento ao uso de entorpecentes nesse ambiente.



De acordo com o secretário, Émerson Pereira notou-se um aumento significativo de pais de alunos que procuraram a secretaria de Direitos Humanos neste mês para relatar denúncias e pedir ajuda e orientação para conter a realidade encontrada hoje dentro das escolas, e cada vez mais próximas de seus filhos. Para ele é necessário efetivar ações que envolvam o Estatuto da Criança e do Adolescente no município, através da Secretaria Municipal de Direitos Humanos. “Sempre recebemos denúncias de adolescentes que fazem o uso de drogas e, a maioria anônimas, e por isso as informações não são precisas”.

A advogada da Secretaria de Direitos Humanos, Aline Moncegati, apresentou relatos de pais que estão em busca de auxílio diante do uso de drogas pelos próprios filhos e pelos colegas de sala dentro da escola. “Sabemos que este é um problema social por isso estamos reunidos aqui para tentar encontrar, juntos, uma forma de enfrentar o problema”.

O dirigente regional de ensino, Duran Netto diz que o problema das drogas tem foco não somente nas escolas estatuais, que são as de ensino médio, mas também onde há alunos dos 6 º ao 9º anos, o que inclui também as escolas particulares. “Nas escolas estaduais, há um controle interno realizado pelos inspetores, que são os agentes de organização escolar, responsáveis também por demandas da secretaria e do pátio e eles são orientados a acionar o superior, como o vice-diretor e diretor da escola para tomar providências em casos como estes. Existe um trabalho de conscientização nas escolas, que conta com parcerias como o “Amor Exigente”, o Proerd da Polícia Militar, entre outros. É uma questão complexa e a sociedade precisa começar a discutir a situação. Reuniões com professores e inspetores são realizadas constantemente para tentar coibir essa prática, tanto quanto ao uso de drogas, quanto ao consumo de bebidas alcoólicas”, explica.

Sob o ponto de vista da saúde pública do município, o coordenador do Programa de Saúde Mental explicou o funcionamento da rede. Para ele, mais do que associar o uso de droga à violência é preciso relacionar o uso de drogas à vulnerabibilidade e negligência. “De certa forma a sociedade como um todo está sendo negligente. É preciso olhar para o território, onde está localizada a escola, onde está localizada aquela família e entender quais são as necessidades daquele território e empoderá-lo. Não adianta prepararmos uma intervenção para todas as escolas, se não sabemos se esta determinada intervenção para aquele território terá serventia. Vivemos hoje em uma sociedade, que quer punir, sem antes ter vigiado, sem ter cuidado”.

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