A Polícia Civil, depois de uma extensa investigação em parceria com a Polícia Militar e a Guarda Municipal, prendeu no início da noite desta sexta-feira (2), o homem acusado de estuprar uma universitária de 20 anos entre a noite de domingo (28) e a madrugada de segunda-feira (29). Ele não teve a idade e a identidade divulgadas.
O homem, que é de Ilha Solteira, usou o carro do patrão para cometer o crime. Foi através do veículo, inclusive, que a Polícia chegou até ele.
Segundo o delegado Miguel Ângelo Micas, da Polícia Civil de Ilha Solteira, a investigação foi concentrada nas características do veículo, repassadas pela vítima. “Ao longo da semana, fomos atrás de veículos que tinham características semelhantes ao utilizado no crime. Só que nenhum batia. Quando foi nesta quinta-feira, avistamos um veículo parecido, anotamos a placa e chegamos até o proprietário. Foi quando descobrimos que, no domingo, um funcionário dele poderia ter usado o carro”, disse Micas.
Esse homem residia com a esposa, que está gravida, na empresa do patrão, montada em uma incubadora. Lá chegando, policiais já viram que a característica batia com a do acusado de cometer o estupro. Uma foto foi tirada e enviada para a vítima, que está em Paranáiba/MS, que o reconheceu.
O homem foi levado para a Delegacia, mas negou o crime. Ele afirma que entre a noite de domingo e a madrugada de segunda, esteve com a esposa em sua casa. Mas a Polícia acredita que reuniu elementos suficientes para acusá-lo e pediu sua prisão.
Além do estupro, o homem também pode responder por uma tentativa de estupro. Ele pode ter tentado estuprar uma outra jovem uma semana antes. Ela está na Delegacia e afirma que o carro usado é o mesmo.
Miguel Ângelo afirma que o acusado responderá por estupro e também pode ser enquadrado por sequestro. Se condenado, pode pegar até trinta anos de prisão.
O crime - A universitária foi estuprada por mais de três horas, em um local ermo, que a vítima acredita que pode ser próximo ao antigo “lixão”, na rodovia que liga Ilha Solteira às praias.
De acordo com Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Civil, a vítima disse seguia pela Avenida Atlântica, de bicicleta, quando por volta das 23h30, um Fiat Uno vermelho passou por ela, devagar, e parou. Um homem desceu do veículo, a pegou pelo cabelo e a arrastou para dentro do carro.
O homem colocou uma blusa em sua cabeça e a levou para um local que ela, inicialmente, não identificou. Ele ainda teve a frieza de perguntar se alguém a esperava em casa. A vítima disse que sim e ele, se passando pela vítima, enviou mensagens pelo celular para uma amiga e para a mãe da universitária, dizendo que “voltaria logo para casa”. Logo após, a estuprou por cerca de três horas. Ela afirma que só não foi mais agredida, antes e durante o estupro, porque não ofereceu resistência.
Após o estupro, o homem a colocou novamente no carro, mas não a encapuzou. Pediu apenas que ela cobrisse o rosto com o cabelo. Foi quando ela percebeu ela a havia levado sentido “lixão”. Em seguida, ele a deixou na avenida Atlântica e fugiu.
(Ilhadenoticias)
