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Morte de homem com leishmaniose deixa Votuporanga em alerta

Em 2017, 20 casos positivos foram registrados em cães e um outro morador pegou a doença

Publicado em: 17 de março de 2017 às 12:40

Morte de homem com leishmaniose deixa Votuporanga em alerta
Faleceu na última sexta-feira (10/3), um homem de 40 anos que havia contraído leishmaniose visceral e em decorrência a outros problemas de saúde associados no histórico do paciente evoluiu a óbito.

Diante deste caso, a Vigilância em Saúde iniciou as ações de controle à leishmaniose visceral, conforme protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde, que inclui a coleta de sangue nos cães no entorno do registro positivo, intensificação das orientações aos moradores, manejo ambiental, além da pulverização de veneno contra o mosquito palha (transmissor da leishmaniose) em um raio de 25 quadras, no entorno de humanos com a doença.

Um outro caso de leishmaniose em humanos foi registrado neste ano e o homem passa bem. Em 2017, 20 casos positivos foram registrados em cães.

Em 2016, 2.516 cães foram notificados, sendo 255 diagnosticados com leishmaniose. Em humanos houve um caso positivo e nenhum óbito.

A leishmaniose visceral é uma doença grave e tem tratamento para humanos. Não existe vacinação que garanta a efetividade contra a doença. A melhor ação é a prevenção.

Prevenção
A transmissão da doença em humanos acontece quando a fêmea do mosquito, conhecido como palha pica o cão infectado e, posteriormente, o indivíduo. Algumas recomendações são necessárias para combater o inseto:
– manter casa e quintal sempre limpos;
– não criar galinhas e porcos em área urbana;
– recolher constantemente folhas de árvores, fezes de animais e restos de madeira, pois esses materiais acumulam umidade e favorecem a criação do mosquito palha;
– embalar o lixo corretamente;
– recolher o lixo dos terrenos baldios perto da casa;
– instalar tela com malha 70 nas portas e janelas de casa;
– evitar que o cão durma dentro da residência, mantê-lo sempre no quintal;
– encoleirar o cão (impregnada com deltametrina 4%)
– adotar a posse responsável do animal, não permitindo que o mesmo fique solto nas ruas.

Sintomas
Em humanos, os principais sintomas e sinais clínicos da doença são febre irregular de longa duração (por mais de 15 dias), falta de apetite, emagrecimento, fraqueza e inchaço abdominal (causado pelo aumento do fígado e do baço, com o passar do tempo).

Embora aparentemente sadio, o cão pode estar doente, uma vez que os sinais clínicos podem demorar a aparecer. Mesmo assim, é importante ficar atento caso o cão apresente sintomas da doença, como apatia, lesões de pele, queda de pelos (inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas), emagrecimento, lacrimejamento, conjuntivite purulenta, crescimento anormal das unhas, anemia e aumento dos gânglios.

Tratamento
Apesar da gravidade, a leishmaniose visceral tem tratamento para humanos. No caso do tratamento em cães infectados, não há eficácia cientificamente comprovada no Brasil. Além disso, mesmo que os sinais clínicos desapareçam, os animais continuam transmitindo a doença, representando um risco à saúde de humanos e de cães sadios residentes nas proximidades. Dessa forma, o tratamento de cães foi proibido pela Portaria Interministerial nº 146/2008 e a realização da eutanásia é a única alternativa disponível para que esses cães deixem de representar um risco à saúde pública – ao manter o ciclo de transmissão da leishmaniose visceral.
Investigar os casos suspeitos de leishmaniose visceral humana e garantir o diagnóstico e tratamento adequado dos casos é dever do município. Por isso é necessário permitir o acesso de agentes sanitários em domicílios, para exames dos cães e recolhimento dos que estiverem doentes.

Hábitos e Características
O inseto é conhecido por apresentar características peculiares com cor castanha ou amarela e o corpo coberto por pelos. As larvas do mosquito palha se criam na terra, em materiais em decomposição e locais sombrios com vegetação.




(Gazeta de Votuporanga)

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