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Dicas de cardiologista para identificar infarto

Médico José Antonio Chinelato fala da doença que afeta milhares de brasileiros

Publicado em: 07 de novembro de 2022 às 19:11

Dicas de cardiologista para identificar infarto
O que é infarto? A doença está entre as maiores causas de morte no Brasil e no mundo, sendo a segunda patologia cardiovascular que mais mata. Por isso, é tão importante identificar sintomas e sinais, atitudes que podem salvar sua vida e das pessoas que você ama.

O SanSaúde conversou com o médico cardiologista Dr. José Antonio Chinelato. Ele explicou que infarto é um ataque cardíaco em que o coração tem seu fluxo sanguíneo bloqueado por uma placa de gordura ou um coágulo, fazendo com que ele não funcione por um determinado período de tempo, promovendo morte do tecido do órgão. “Pode ocorrer também devido ao espasmo da coronária”, afirmou.

No Brasil, cerca de 1000 pessoas morrem por dia por doença cardiovascular (Acidente Vascular Cerebral e infarto). Aproximadamente metade destes óbitos ocorre dentro da primeira hora do início dos sintomas e antes que a pessoa consiga chegar no hospital.

Sinais de infarto

Conhecer os sintomas de um infarto e procurar ajuda é muito importante para garantir sucesso no tratamento e evitar a morte súbita. Dor no peito é o mais comum, presente em 80% dos pacientes. “Esta dor pode irradiar do peito para os braços (geralmente esquerdo), o pescoço e a mandíbula”, disse.

Além disso, o paciente pode apresentar:

- Sensação de queimação no peito (pode ser similar à azia)

- Desmaio e tontura

- Vômito

- Suor frio

-Falta de ar

- Palpitação



Idosos e também diabéticos podem apresentar sintomas atípicos como confusão mental, desmaio, fadiga e náusea. “Já as mulheres, frequentemente, no momento do infarto têm dor nas costas, nos ombros ou no pescoço. Outros sintomas incluem falta de ar, sudorese e vômitos”, complementou.

Fatores de risco

Um ataque cardíaco acontece quando parte do músculo do coração deixa de receber sangue por causa de algum bloqueio. Homens com mais de 45 anos e mulheres com mais de 55 estão mais sujeitos a infartar. Além da idade, há outros fatores de risco:

- Tabagismo;

- Colesterol aumentado;

- Diabetes mellitus;

- Hipertensão arterial;

- Obesidade;

- Sedentarismo;

- Estresse e depressão.

O que fazer em caso de infarto

Ao aparecem os primeiros sintomas, chame socorro ou dirija-se a um hospital imediatamente. Quanto maior a demora, maior o risco. Se você está ajudando alguém com suspeita de infarto, tome algumas precauções enquanto espera por ajuda médica:

- Afrouxe as roupas da vítima e impeça que ela faça esforços;

- Não ofereça nada de comer ou beber e nem calmantes;

- Se a pessoa desmaiar, veja sua respiração e seu pulso. Na ausência desses sinais vitais, é preciso começar imediatamente as manobras de ressuscitação cardiopulmonar.

Caso a vítima seja você, o indicado a fazer é:

- Procurar ajuda para o rápido transporte a um hospital. Não dirija.

Tratamento

?O mais importante no tratamento do infarto é a desobstrução da artéria entupida. Existem duas formas de realizar: angioplastia coronária (desobstrução mecânica) ou fibrinolíticos (desobstrução com medicamentos). No primeiro, um cateter-balão é inserido por meio de uma punção arterial (no punho ouvirilha) e direcionado até o local do entupimento da artéria.

Esse cateter é inflado par??a que seja aberta a artéria. Em seguida é colocado um stent (um dispositivo semelhante a uma mola), mantendo a artéria aberta e normalizando a circulação de sangue. Já os fibrinolíticos são medicamentos para dissolução do coágulo. Essa técnica é indicada somente quando não é possível a desobstrução por angioplastia, pois pode causar hemorragias.

??Além disso, são associados ao tratamento outros medicamentos que tem por objetivo evitar a formação de gordura.

Prevenção

Dr. Chinelato ressaltou que evitar e controlar os fatores, além da realização de atividade física são medidas preventivas. “Procure o serviço médico o quanto antes, principalmente se apresentar desconforto torácico”, finalizou.



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