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Cultura brasileira! peça em Rio Preto vira polêmica

Vereador diz que objeto representa órgão sexual masculino

Publicado em: 25 de janeiro de 2020 às 11:26

Cultura brasileira! peça em Rio Preto vira polêmica
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o vereador de Rio Preto, Anderson Branco (PL) diz que protocolou uma moção de repúdio contra a peça teatral “O Rei da Vela”, encenada na noite de quinta-feira (23), no Teatro Paulo Moura, durante a abertura da 18º edição do Janeiro Brasileiro da Comédia (JBC).
Na gravação, feita ontem (24), Branco questiona um objeto da cenografia do espetáculo que, segundo o parlamentar, representaria um órgão sexual masculino.
“O Rei da Vela que de vela não tem nada. É uma imagem, ali, que fala que é uma vela, mas tem duas bolas e não tem pavio. É uma imagem subliminar e pornográfica. Aos olhos de todo mundo, um pênis. É um pênis, sim. Isso é uma falta de respeito com as famílias, com o público em geral”, diz o vereador em uma parte do vídeo.
Em nota, a secretaria de Cultura de Rio Preto informou que o espetáculo ocorreu em local fechado, obedecendo a classificação indicativa de 14 anos.
A pasta também disse que a organização do JBC está amparada pela legislação federal, obedecendo os critérios do Guia de Classificação Indicativa do Ministério da Justiça.
Por fim, a secretaria alegou que cumpre todos os requisitos de classificação indicativa, inclusive informando-a em seus materiais de divulgação e para a imprensa.
Além do vídeo feito por Anderson, internautas também fizeram postagens em redes sociais polemizando o objeto utilizado na cenografia da peça teatral.
“Começa em Rio Preto, minha cidade, o Janeiro Brasileiro da Comédia, promovido pela prefeitura. Disseram que essa coisa aí no meio do palco é uma vela. Confesso que é a primeira vez que vejo uma vela com "bolas". É a minha mente que anda poluída?”, escreveu um internauta.
O espetáculo é uma remontagem sátira de uma peça escrita por Oswald de Andrade, na década de 90. Ela conta a história do empresário Abelardo I, conhecido como o Rei da Vela, que se aproveita da crise econômica no país para emprestar dinheiro para a população faminta com juros altíssimos.
Abelardo I se casou com Heloísa de Lesbos, filha de latifundiários falidos do café, só para se aproveitar do nome da família. Submisso ao capital estrangeiro, ele topa qualquer negócio com os americanos para aumentar seu lucro, mas ele será engolido pelo próprio sistema que ajudou a criar e substituído pelo seu capacho empregado Abelardo II.


(TVTEM/G1)
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