Impedidos de subirem ao picadeiro para se apresentarem ao "respeitável público" por conta da pandemia de coronavírus, integrantes de um circo estão dependendo da ajuda de moradores de Votuporanga.
Eles chegaram ao município em 17 de março. Dos 30 trabalhadores, 20 ainda permanecem na cidade, sem nenhum tipo de renda.
“A população tem uma forma especial. Vem trazendo alimentos e está ajudando muito a nos manter até com produtos de limpeza”, diz o palhaço e administrador do circo, James Willy Robatini.
Treinar alguns números circenses sem ninguém aplaudindo ainda é possível, mas viajar pelas cidades levando diversão e estampando sorrisos já não é mais uma realidade.
O evento itinerante está parado no mesmo lugar, algo que há muito tempo não acontecia. Contudo, os integrantes continuam enfrentando a situação sem perder as esperanças. “É a minha paixão. O circo é a minha vida e a da minha família”, afirma a proprietária, Juraci Robatini.
Com os equipamentos, as motos do "globo da morte "e o picadeiro desmontados, a rotina dos integrantes do circo durante a quarentena está totalmente diferente.
“Nós estamos lavando as mãos muitas vezes ao dia e estamos tomando banho depois de brincar por causa do coronavírus”, conta o palhaço de apenas 8 anos, James Gabriel Robatini.
Enquanto a lona não é montada novamente para receber o público, os artistas circenses tentam manter a rotina dos treinos.
“Eu treino desde os meus 8 anos para chegar onde estou atualmente. Estamos parados, mas precisamos continuar treinando para não perder o ritmo da apresentação”, conta Giovanna Robantini, de 15 anos.
(TVTEM/G1)