Desde que o preço da criptomoeda alcançou seu ápice em dezembro de 2017, quando um único bitcoin chegou a valer R$ 69,9 mil, as moedas digitais e o blockchain (livro razão) vieram para ficar e a volatilidade é o que tem tornado esse mercado um ativo interessante. O consultor Eduardo Tomiyama, especialista em investimentos em ativos digitais e tecnologia blockchain, diz que hoje o bitcon está na casa dos US$ 10 mil (valorização de 210% sobre o valor do início do ano), e deve alcançar até o final do ano a cifra dos US$ 30 mil. “Há quem aposte em US$ 100 mil”.
A dica dele é que antes de investir se estude a fundo o mercado e passe a conhecê-lo de fato, como procede e para que serve. Hoje existe muita volatilidade devido as criptos não serem legalizadas, e praticamente será impossível legalizar se não centralizar o bitcoin.
“Digo sempre para as pessoas investirem neste mercado um dinheiro que não dependa de pagar suas contas, uma reserva igual se faz na poupança e deixa lá por anos rendendo 0,5% ao mês. Essa reserva traduzindo hoje, em números monetários, sugiro um investimento inicial de R$ 10 mil”, afirmou Tomiyama.
Para entrar no mercado das criptomoedas é preciso entender que a blockchain é a tecnologia que permitiu realizar as transações dos bitcoins, criado em 2008, e foi ela que veio a confirmar as operações. Com a primeira transação registrada na blockchain em janeiro de 2009.
As transações se referem a mineração de moedas e/ou protocolos para sistematizar a empresa na tecnologia blockchain. Na atualidade é praticamente impossível uma pessoa conseguir minerar alguns blocos (satoshis) de bitcoin devido a dificuldade de solução que se aumenta a cada dia, hoje praticamente são empresas gigantescas que fazem toda a mineração de novos bitcoins, possuindo fazendas gigantescas de processadores que ficam somente em função de solucionar as equações (minerar no jargão das criptomoedas).
“É impossível não tornar todo o sistema digital e principalmente o financeiro descentralizado, onde a pessoa finalmente vai ter o poder do dinheiro na sua mão. Na verdade nem falo mais em dinheiro e sim em realizar pagamento dos seus passivos através dos ativos que vier a criar. Teremos de fato uma meritocracia, onde quem realmente produz mais ganha mais, quem produz menos ou nada, ganha nada”, afirma o consultor.
As criptomoedas são adquiridas nas exchanges. As mais populares são bitcoin, Etherium, Monero, USDT e Ripple. Não existe um órgão regulador, como é o caso do Banco Central.
Dentre elas, a Etherium, é conhecida como a segunda geração após o bitcoin e a vantagem de investir nesta plataforma são os contratos inteligentes (smarth contract). Um “contrato inteligente” é uma frase usada para descrever o código de computador que pode facilitar a troca de dinheiro, conteúdo, propriedade, compartilhamentos ou qualquer coisa de valor.
São poucos bancos que aceitam algum tipo de criptomoedas, Ripple é a mais comum, tem também a USDT (umas Stablecoin – equiparada a moeda geralmente o dólar e com isso não sofre volatilidades exorbitantes).
Recentemente houve a pretensão do lançamento da Libra (moeda do FaceBook) que já se confirmou pelo CEO que será uma stablecoin.
Lojas que comercializam as criptomoedas há muitas no Brasil e inúmeras no mundo, principalmente nos países asiáticos onde se pode praticamente viver apenas tendo criptomoedas.
“No Brasil cidades como Aracaju, Curitiba e São Paulo têm várias lojas que recebem por criptomoedas, fazem a conversão e o pagamento se dá pela moeda local”, disse Tomiyama.
Muito seguraA tecnologia blockchain traz a segurança das realizações e confirmações das operações de registro, informação ou confecção de dados que faz com que seja impossível a alteração realizada.
“A energia gasta para a confecção e geração dos dados criptografados para se violar teria que ocorrer praticamente com 100 vezes mais energia, além de praticamente aumentar na mesma proporção o tempo de duração para criar e desfazer”, diz o especialista.
Reserva de valorAs criptomoedas também tem se apresentado para alguns investidores como reserva de valor de longo prazo e como fuga de recursos, especialmente em países mergulhados em crises financeiras como a Venezuela.
“Na Venezuela existiu a tentativa do governo em furar o embargo econômico imposto pelos EUA com o lançamento da moeda Petros, para poder realizar a venda do petróleo que lá é o principal produto. Porém, sofreram represálias e como não teriam como fazer trocas em outros países, ou seja, não existiu a aceitação, virou apenas especulação e um ativo podre. O que vem acontecendo são as pessoas ricas de lá estarem transferindo o patrimônio tradicional em criptomoedas para que não sofram qualquer tipo de confisco ou retaliação pelo governo que vem comprovando ser ditatorial e socialista”, disse Tomiyama.
Serviço:Curso: O passo a passo para rentabilizar seu capital usando novas tecnologias
Dia 17 de agosto de 2019
Totalmente Gratuito
Local: Hotel Nacional Inn
Das 9h00 às 14h00
Informações: (17) 99722-6779