Um a cada três brasileiros que conseguiram emprego formal, de janeiro a junho deste ano, é de São Paulo. É o que aponta o levantamento do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (28), pelo Ministério do Trabalho. O Estado totalizou 3,7 milhões de admissões no período, o que representa 31,8% do total do país, que contabilizou 11,6 milhões de contratações.
São Paulo também figura no topo do ranking quando se trata de saldo, que considera admissões e desligamentos. São 385,4 mil frente a 1,3 milhão registrados em todo o Brasil, no semestre. Somente em junho, o saldo do Estado chegou a 80.267 postos formais de trabalho, o que representa 28,8% do total do Brasil: 277.944.
Para a economista Zeina Latif, secretária de desenvolvimento econômico, é preciso incentivar cada vez mais ações e programas que contribuam para a geração de emprego e para a qualificação profissional. “Nosso papel como Secretaria de Desenvolvimento Econômico não é apenas melhorar o ambiente de negócios e atividades econômicas, mas também criar políticas públicas que possam auxiliar pessoas na inserção no mercado de trabalho e no treinamento de profissionais.”
Uma das portas de entrada para a conquista de um emprego é o Posto de Atendimento ao Trabalhador, os chamados “PATs”. Por dia, são oferecidas, em média, 10 mil oportunidades nas mais diferentes áreas de atuação distribuídas em todas as regiões do estado. Monara Munhoz, moradora de Pederneiras, na região de Bauru, é uma das pessoas que conseguiram a recolocação no mercado de trabalho por meio do PAT. A auxiliar administrativa conta que, após uma mudança significativa na vida pessoal, precisou trocar de emprego. “Eu precisava de uma oportunidade melhor do que a que estava no momento e consegui pelo PAT a minha vaga atual.”
Monara passou para o outro lado do balcão: de atendida para atendente. Agora ela é uma das profissionais que fazem a indicação de candidatos para as empresas. “Sou muito grata pela oportunidade que tive. Devemos sempre correr atrás dos sonhos, crescer e evoluir a cada dia”, completa.
Recorde de empresas abertasNo primeiro semestre de 2022, o saldo líquido de abertura de empresas em São Paulo cresceu 68% em comparação aos primeiros seis meses de 2019, período anterior à pandemia do coronavírus. Segundo dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo, órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, foram registrados 87.809 novos empreendimentos frente aos 52.267 abertos há três anos. Na comparação com o primeiro semestre de 2021, quando o saldo foi de 84.861 novas empresas, o crescimento foi de 3,5%. Já com o período de 2020, na pandemia, o resultado líquido foi de 46.391 constituições e alta de 89,3%.
Em 2021, a JUCESP obteve recorde de abertura de empresas, com 288.502 novos negócios constituídos no estado de São Paulo, o maior número na série histórica realizada desde 1998.