Bandidos aplicam golpe em Votuporanga através de torpedo

Um auxiliar de serviços gerais de Votuporanga, por muito pouco, não foi a mais nova vítima do golpe do "Avião do Faustão". Ele recebeu uma mensagem por telefone celular indicando que havia ganho um prêmio de R$185 mil, mas que para que tivesse acesso ao dinheiro, deveria depositar uma quantia em recargas em um número desconhecido.

O recebimento de mensagens de estelionatários se tornou comum, e a polícia acredita que os contatos são feitos do interior de presídios de várias partes do país. Os criminosos tentam enganar vítimas para obterem recargas de celular, para continuarem usando os telefones e controlando o crime de dentro da prisão.

No golpe registrado essa semana em Votuporanga, no Plantão Policial Permanente, o auxiliar de serviços gerais R.A.T.S., de 25 anos, morador do bairro das Paineiras compareceu na delegacia informando que, na última segunda-feira, dia 12, recebeu em seu telefone celular uma mensagem que dizia que o celular dele havia sido sorteado no programa Domingão do Faustão.

Consta na mensagem que ele deveria ligar para o número 021 9107-4847 e informar a senha "49.700". Ao fazer a ligação conforme a mensagem indicava, a vítima foi atendida por uma pessoa que se identificou como Marco Aurélio de Souza, o qual confirmou que R.A.T.S. havia ganhado os prêmios, um casa no valor de R$85 mil, mais R$100 em dinheiro, e lhe passou o número de uma conta bancária para que fizesse um depósito, valor que seria devolvido juntamente com o prêmio.

Acreditando na veracidade do prêmio, a vítima depositou R$241,47 . Em novo contato telefônico, o estelionatário pediu que o auxiliar lhe fizesse outro depósito, no valor de R$500, e como R.A.T.S. afirmou que não possuía a quantia, orientou então para que fizesse três recargas de celular. Apenas nesse momento, a vítima desconfiou que estava caindo em um golpe e disse ao falso funcionário da emissora que iria acionar a polícia e desligou o telefone. O caso foi encaminhado para a apreciação da delegada Edna Rita de Oliveira Freitas e segue para investigação da Polícia Civil. (Jociano Garofolo - A Cidade)