Fórum de Urânia é destaque por projeto inédito no Estado

Os servidores lotados no Juizado Especial de Urânia se viram – assim como ocorre em tantas outras comarcas – diante de uma avalanche de ações envolvendo cobranças de tarifas bancárias em contratos de financiamento. Preocupados com o desenrolar desses processos, e liderados pela juíza diretora do fórum Marina de Almeida Gama Matioli, eles criaram em julho o projeto Campeão da Conciliação, cujo objetivo é incentivar as partes a adotarem práticas conciliatórias para a solução dos litígios. A iniciativa tem gerado resultados positivos.O projeto traz uma série de inovações, a começar pela linguagem, que foge das dos jargões jurídicos; a prática de atos processuais “em lotes”, que aglutina todas as etapas do processo para facilitar e acelerar o trabalho, desde a emissão de correspondências, publicações, audiências e despachos; e o caráter de incentivo do programa. Quem adere – partes e advogados – tem anexado na capa do processo um selo de identificação, cujos dados são lançados em uma planilha para totalização. Ao final do semestre é verificado quem mais adotou as práticas conciliatórias e os três primeiros colocados ganharão as medalhas de ouro, prata e bronze, assim como o título de “Campeão da Conciliação”. Reconhecer e premiar quem mais conciliou é o combustível do projeto, que foi inscrito e está concorrendo ao prêmio “Conciliar é Legal”, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça.A juíza Marina de Almeida Gama Matioli explicou que o projeto foi implantado, em caráter experimental, desde o início do mês de julho. Segundo ela, um fator decisivo foi o aumento significativo de demandas repetitivas envolvendo a discussão de contratos de financiamentos bancários, que motivou a necessidade da adoção de outra estratégia que pudesse fazer frente a este cenário. “A ideia inicial partiu da equipe liderada pelo supervisor Edson Edgard Batista. O envolvimento de todos os servidores é que tem tornado o projeto possível, com a expectativa de que bons resultados possam ser produzidos”, disse.