Operário da região morre em acidente de trabalho no RJ
Operário da região morre em acidente de trabalho no RJ
Publicado em: 27 de novembro de 2012 às 06:55
O corpo do operário Erisvan Alves dos Santos, de 29 anos, que morreu vítima de acidente de trabalho sábado no Rio de Janeiro, foi enterrado ontem em Catanduva. Alexandro Ribeiro Neves, 27 anos, morto na mesma ocasião, será enterrado hoje. Os dois eram moradores de Catanduva e há dois meses trabalhavam para uma empresa de montagens industriais, que atuava na construção de um conjunto residencial no município de Campo Grande (RJ). Eles caíram de uma altura de 20 metros quando montavam uma grua – espécie de guindaste –, que seria usada na instalação de um reservatório de água dentro do conjunto habitacional. O acidente teria sido provocado por uma rajada de vento, que fez o equipamento tombar. Os dois foram socorridos com vida por equipes de resgate do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, mas não resistiram aos ferimentos provocados pela queda e morreram no hospital. De acordo com Edmilson de Oliveira, representante da empresa que contratou os operários, Erisvan e Alexandro usavam equipamentos se segurança no momento do acidente. Os coletes dos operários estavam presos ao guindaste por cabos e ganchos. “Quando o equipamento tombou, os cabos acabaram puxando os operários para o chão”, disse Oliveira. Ele afirmou ainda que os bombeiros tiveram de cortar os cabos de segurança. O representante da empresa de montagens afirmou que o guindaste não suportou a força do vento. “Outras regiões do Rio de Janeiro também foram atingidas pela ventania. Foi uma corrente de vento muito forte, que abalou a estrutura da grua”, disse. O conjunto residencial onde os operários trabalhavam é financiado pelo Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério do Trabalho vão investigar o acidente. Erisvan era morador do bairro Bom Pastor, em Catanduva. Ele era divorciado e tinha dois filhos, um de 10 anos e outro de 5 anos. Já Alexandro morava no bairro Jardim Imperial. Os dois eram amigos e trabalharam juntos em outras obras. Faltava segurança A família de Erisvan contestou a informação do representante da empresa de montagens. De acordo com a irmã do operário, Maria Edenizia Nascimento Cruz, 37 anos, o canteiro de obras do conjunto residencial não oferecia segurança para os trabalhadores. “Além do Erisvan, outro irmão nosso foi trabalhar na obra e voltou para Catanduva, porque o local não tinha segurança”, afirmou a irmã. De acordo com Oliveira, além de oferecer equipamentos de segurança para todos os trabalhadores, após o acidente a empresa prestou auxílio a Erisvan e Alexandro e também às famílias dos operários. Ele disse que as famílias dos trabalhadores mortos foram levadas para o Rio de Janeiro para acompanhar a transferência dos corpos dos operários até Catanduva. Tristeza A irmã de Erisvan disse que morte do operário deixou a família abalada. “Ele era muito querido por todos. Minha mãe está acabada. Ela não se conforma com o que aconteceu”, disse Maria Edenizia. Ela confirmou que o representante da empresa de montagens prestou auxílio à família. “Ele (Oliveira) também pagou todas as despesas do velório”, completou. A reportagem não localizou familiares de Alexandro para comentar o acidente que matou o operário. (Jocelito Paganeli - Diário da Região)
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