Quem tem ranchos na região de Santa Fé do Sul está preocupado. O Ministério Público Federal alega que as propriedades às margens do rio Paraná estão irregulares. As construções não estariam respeitando a distância mínima. Até a colônia de férias da Ordem dos Advogados do Brasil está na mira da procuradoria. A esperança dos donos é o novo Código Florestal que diminuiu a área de preservação.
Para o Ministério Público Federal, as construções são irregulares. Elas não respeitam a distância mínima de 100 metros das margens dos rios e reservatórios. A procuradoria se baseia no antigo Código Florestal já que os ranchos foram feitos durante a vigência dele.
Propriedades como estas podem ser demolidas Desta forma as construções estariam em área de preservação permanente, as chamadas APPs, o que caracteriza crime ambiental. Várias ações correm na Justiça Federal pedindo a demolição desses lugares.
Uma delas é contra a Ordem dos Advogados do Brasil, que tem uma colônia de férias no Rio Paraná. O conselheiro estadual da entidade, Carlos Alberto Brito Neto, discorda da interpretação do Ministério Público Federal. Para ele, vale o novo código florestal aprovado pela presidente da república, onde as medições que determinam as áreas de preservação são diferentes.
Pela nova regra, vários ranchos que eram considerados irregulares agora não estariam mais em áreas de preservação ambiental. Mas para o Ministério Público, nem tudo está resolvido. Só na região de Jales, são 717 ações em andamento. Até o meio do ano que vem, de três a cinco mil construções podem ser demolidas.
Para tentar evitar prejuízos e não comprometer a vocação turística dos municípios, o procurador Thiago Lacerda Nobre vai reavaliar os casos, mas não existe um prazo para que a Procuradoria Geral da República conclua o estudo pedido pelo Ministério Público Federal de Jales (SP). (Tem Mais)