Permanece internado em estado grave o microempresário João Morelli, 34 anos, que sofreu um acidente domingo ao fazer um pouso de paraquedas no aeroclube de Mirassol. Ele saltou de uma altura de 10 mil pés (aproximadamente 3,5 mil metros), e na batida sofreu traumatismo craniano e de face. De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital de Base ele permanece sedado e entubado.
De acordo com o presidente do Clube de Paraquedismo de Rio Preto, José Thomaz Mello, que estava no aeroclube de Mirassol no momento do acidente, Morelli perdeu o controle do paraquedas na hora do pouso. Com o equipamento desgovernado, ele colidiu de frente contra a viga de concreto que sustenta o alambrado a uma velocidade estimada pelos colegas em aproximadamente 40 km/h.
“Assim que ele bateu já havia uma médica que prestou os primeiros socorros. Chamamos o resgate e na hora que a ambulância ia sair furou o pneu. Uma outra unidade de resgate foi chamada e ele foi levado para o HB”, afirma Mello. Ainda de acordo com o presidente do Clube, Morelli é atleta profissional e já possui 200 saltos e seis anos de carreira. “Ele estava habilitado e tinha experiência. O que aconteceu foi uma fatalidade. O esporte é radical e corremos riscos. Uma rajada de vento muito forte tirou o controle do paraquedas, provocando o acidente”, diz.
Já o instrutor de salto Acássio Amorin afirma que outros fatores podem ter contribuído para o acidente. “Temos algumas regras no paraquedismo. Uma delas é pousar na cabeceira da pista, e ele pousou de frente ao hangar, onde estava a galera. Esse procedimento fez com que o tempo para a manobra ficasse reduzido e sem espaço em caso de emergência. Mas o que influenciou mesmo foi a rajada de vento”, afirma Amorin. A mulher do paraquedista, Suzana Morelli, foi procurada pela reportagem, mas não quis dar entrevista.
O caso será investigado pela delegacia de polícia de Mirassol. O boletim de ocorrência, de acordo com o delegado Júlio César Bueno, foi registrado no plantão policial e até o fechamento desta edição o delegado ainda não havia analisado o caso. “Pelo que eu estou sabendo, o que aconteceu foi um acidente. Vamos apurar se existe alguma culpa e se existe, de quem seria”, afirma o delegado.
Victor Augusto (diarioweb)