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Agropecuarista da região está desaparecido há um ano

Agropecuarista da região está desaparecido há um ano

Publicado em: 27 de janeiro de 2013 às 07:30

O desaparecimento do agropecuarista Antônio Carlos Naime, 69 anos, completou um ano ontem. No dia 26 de janeiro de 2012, ele foi até uma agência bancária em Iturama (MG), sacou R$ 280 mil e não voltou para casa. De família tradicional, o agropecuarista morava em um apartamento na avenida Alberto Andaló, área nobre de Rio Preto. Filha de Naime, Vanessa Lorenzetti, que mora em São Paulo, tem esperança de encontrar o pai com vida.

Para outros dois filhos que residem nos Estados Unidos e familiares que são de Mirassol, a mesma expectativa se repete. “Passamos um ano de muita angústia, mas não perdemos a esperança de encontrar meu pai vivo”, disse Vanessa.

O desespero da família aumenta diante da demora para o esclarecimento do sumiço de Naime. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Preto atuou no caso até dezembro e depois o inquérito foi encaminhado para a Polícia Civil de Iturama.

Apesar da esperança da família, a polícia não descarta a hipótese de morte do agropecuarista. Dias depois do desaparecimento de Naime, um homem foi encontrado morto em Fronteira, também município mineiro.

O corpo já estava em estado de decomposição e a polícia colheu material para a realização de exame de DNA. Em agosto de 2012, uma irmã do agropecuarista e a filha Vanessa também cederam material genético para a análise, que ainda não teve o resultado divulgado.

De acordo com o delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, que trabalhou na investigação do caso em Rio Preto, entre as roupas do homem encontrado morto em Fronteira está um boné, que pode ser de Naime. “Apesar de a família afirmar que o agropecuarista não usava boné, imagens das câmeras de segurança da agência bancária mostram que ele estava de boné no momento em que sacou o dinheiro”, afirmou o delegado da DIG.



A quebra do sigilo telefônico mostra que o celular de Naime foi usado pela última vez em Iturama.




Na ocasião do desaparecimento, ele namorava uma mulher que mora em São Paulo. “A namorada do meu pai chegou a contratar detetives para ajudar na investigação, mas depois ela acabou desistindo das buscas”, afirmou Vanessa. A filha afirmou que o pai era uma pessoa discreta e que trabalhou a vida toda no ramo da agropecuária. O dinheiro que ele sacou na agência bancária era a última parcela da venda de uma fazenda em Iturama.

Naime tinha ainda uma propriedade rural em Castilho. Durante a fase da investigação em Rio Preto, o delegado da DIG afirmou que foram ouvidos funcionários da fazenda, além de amigos de Naime, que moram em Castilho. “Também fomos até Iturama e ouvidos amigos do agropecuarista e corretores de imóveis que ajudaram na venda da propriedade. Todas as diligências de responsabilidade da DIG de Rio Preto foram realizadas antes de encaminhar o caso para Iturama”, afirmou Alceu.

Minas Gerais

Agora, toda investigação será concentrada no Estado de Minas Gerais. A reportagem apurou que o inquérito iniciado pela DIG de Rio Preto já está com a Polícia Civil de Iturama, que deverá colher novos depoimentos sobre o desaparecimento de Naime. O exame de DNA deverá ficar pronto em fevereiro. O resultado será encaminhado o Instituto Médico Legal (IML) de Fronteira, cidade onde o suposto corpo de Antônio Carlos Naime foi encontrado.

Casos desafiam a polícia

O assassinato de Clayton Dioraci Sperandio vai completar um ano e meio no próximo sábado (dia 1º de fevereiro) e a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Preto ainda não conseguiu esclarecer o caso. O jovem de 30 anos foi morto a tiros em frente a casa da namorada L.S.A., no bairro Boa Vista, na madrugada do dia 1º de agosto de 2011. Clayton e a namorada estavam dentro do carro quando um homem encapuzado se aproximou e fez ao todo cinco disparos.

A investigação do assassinato de Clayton está sob a responsabilidade do delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, que também atuou no caso do desaparecimento do agricultor Antônio Carlos Naime. “Estamos concluindo o inquérito do caso Clayton”, disse o delegado da DIG, sem fornecer detalhes da atuação da polícia que, segundo ele, “segue normalmente”. O delegado também não quis falar se a polícia já tem algum suspeito do assassinato de Sperandio, que era funcionário do Diário da Região.

Caso Nicolas

No próximo mês de maio o desaparecimento do garotinho Nicolas Fuzaro Mori vai completar dois anos. Com apenas 4 anos de idade, o menino sumiu de casa, em Catiguá, no dia 20 de maio de 2011. O caso é investigado pelo delegado da cidade, Hélvio Bolzani. Ele está em férias. De acordo com policiais da Delegacia de Catiguá, a mãe de Nicolas, Sibrian, de 30 anos, é chamada com frequência para acompanhar o inquérito.

Nicolas desapareceu em uma fazenda, onde a família morava. Na ocasião, o desaparecimento do garotinho mobilizou 40 policiais que realizam buscas nos arredores da propriedade rural. Durante as investigações o delegado chegou a vasculhar uma fossa de resíduos químicos, já que havia a suspeita de que Nicolas tivesse sido morto e o corpo jogado no local. As suspeitas não se confirmaram. Em sua última ação, o delegado que atua no caso começou a monitorar celulares de pessoas próximas da família de Nicolas. Bolzani, porém, mantém os detalhes dessa investigação sob sigilo.

(Jocelito Paganeli - Diário da Região)

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