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Assim o coração do "Seu Zé" não aguenta

Assim o coração do "Seu Zé" não aguenta

Publicado em: 18 de janeiro de 2013 às 13:49

O aposentado José Carlos de Barros, 65 anos, tem cinco stents no coração, já sofreu três infartos e há três meses não consegue os remédios que precisa para se manter vivo. Ele e outros pacientes, que sofrem situação parecida, são ignorados pela Prefeitura.

Por orientação do prefeito Valdomiro Lopes, o secretário de Saúde, Valter Negrelli, a exemplo dos demais servidores, só respondem por meio de notas lacônicas da Secretaria de Comunicação. O aposentado conta que desde outubro enfrenta problemas para pegar os remédios que necessita. “Em outubro eu fui buscar quatro remédios e não tinha o omeprazol; no mês seguinte faltou a losartana; em novembro não tinha o AAS; agora, em janeiro, não tinha nenhum deles e também faltou a anlodipina. Não acho isso justo, eu tenho direito de pegar esses remédios, agora, com a falta deles, vou ter que pagar”, reclama o aposentado. José Barros conta que terá que gastar cerca de R$ 45 por mês com esses remédios, já que o município não está fornecendo. “Parece pouco, mas eu sou aposentado, ganho pouco. Além do mais, ainda preciso comprar outros remédios para o meu problema e que custam mais R$ 150”, explica.

Para buscar os remédios, José foi até a Unidade Básica de Saúde do Parque Estoril, mas como foi informado que não tinha, ele foi até a UBS do Bairro São Francisco. Lá ele obteve a mesma resposta e voltou para casa de mãos vazias. Maria Vieira Lemos, 68 anos, também foi até a UBS do Parque Estoril para pegar os remédios que precisa, mas não encontrou. Ela então se dirigiu até a UPA da Vila Toninho e voltou do mesmo jeito que o aposentados Barros: também de mãos vazias. “Eu preciso do losartana para controlar a minha pressão, mas não tem, vou ter que comprar, não vai ter jeito”, afirma.

Na UPA Vila Toninho, um paciente que não quis se identificar, precisava de um colírio, mas o remédio está em falta. “Já é a segunda vez que eu venho pegar e não tem. Elas (funcionárias) só falam que está em falta e que não tem prazo para voltar ao normal”, conta o rapaz. Ele sofre com uma irritação nos olhos. Assim como ele, outras pessoas que dependem da rede pública de saúde estão com dificuldades para continuar os tratamentos.

No mês passado o Diário denunciou o problema e a Prefeitura garantiu que em janeiro a situação estaria normalizada, o que até hoje não aconteceu.

Outro lado

A Secretaria de Comunicação da Prefeitura se negou a responder as perguntas feitas pelo Diário da Região. O questionamento foi feito às 11h13. A reportagem fez sete perguntas. Ignorando todos os questionamentos, a assessora Andrea Inocente encaminhou o que ela considerava como respostas ao jornal às 18h42, sem responder às perguntas feitas. A assessora informou apenas que a Prefeitura “esclarece que o medicamento Tobramicina não é padronizado na Relação Municipal de Medicamentos (Remune), não sendo distribuído pelo município. Com relação aos outros medicamentos, a distribuição deverá ser retomada em breve.”

(Victor Augusto - Diário da Região)

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