Pedreiro da região morre atacado por abelhas africanas em fazenda

O pedreiro Marcelino Alves Moreira, 54 anos, de Mirassol, morreu ontem de madrugada depois de ter sido atacado por um enxame de abelhas africanas. A vítima, que é da cidade de Mirassol, estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base havia três dias. O ataque aconteceu na tarde da última quarta-feira em uma fazenda em Zacarias. O administrador de fazendas Luiz Carlos Monteiro, 52 anos, que estava com a vítima no momento do ataque, conta que eles pescavam quando foram atacados. “Estávamos às margens do rio São Jerônimo quando ouvimos o cachorro da fazenda gritando. O Marcelino foi ver o que estava acontecendo e quando entrou no matagal já foi atacado”, relata. O gerente lembra ainda que quando viu o enxame conseguiu correr, já o companheiro caiu no chão. Outro rapaz também pescava com eles no momento. Ele não foi atingido pelos insetos. “Moreira tirou a camisa e tentou espantar as abelhas, mas eram muitas”, diz Monteiro. O pedreiro foi socorrido por populares e levado para o pronto-socorro da cidade. Ele sofreu inúmeras picadas por todo o corpo. “Foram tantas as picadas que ele estava muito inchado, principalmente na cabeça”, lembra Ana Cláudia de Pinho Zati, nora da vítima. “Eu morava na fazenda e estávamos acostumados a pescar lá. Nunca tinha visto abelha naquela área”, acrescenta Monteiro. Devido à gravidade do estado de saúde Moreira foi transferido para o Hospital de Base onde ficou internado na UTI. O HB informou, através da assessoria de imprensa, que a causa da morte do pedreiro foi um Acidente Vascular Cerebral (AVC) às 4h35. Moreira era casado e deixou três filhos. Ele está sendo velado no velório municipal de Mirassol e será enterrado hoje às 9h no cemitério municipal da cidade. Outro caso No último dia 10, em Bebedouro, o aposentado Antônio Monteiro, de 92 anos, morreu depois de levar mais de mil picadas de abelha. O ataque aconteceu no dia 7 deste mês enquanto a vítima caminhava pela avenida da Justiça. A colmeia estava em um poste de iluminação. Os bombeiros foram chamados e encontraram o aposentado deitado no chão tentando se proteger com as mãos das picadas. Ele foi levado para o Hospital Municipal Júlia Pinto Caldeira, onde ficou internado por três dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Cuidados O Corpo de Bombeiros lembra que alguns cuidados podem evitar os ataques das abelhas como não mexer ou fazer barulho próximo a colmeias. “No caso da abelha africana ela tem a característica de atacar as pessoas, então tem que evitar mexer em locais próximos as colmeis ou fazer qualquer tipo de barulhos o que as deixam irritadas”, lembra o tenente do Corpo de Bombeiros José Luciano Val. O oficial lembra ainda que caso haja colmeias que estejam em locais oferecendo riscos a população o morador pode ligar 193. E a retirada desses insetos devem ser feitas sempre no período noturno, já que o calor os deixa agitados.