Vigia de Fórum da região é suspeito de sumir com prêmio de bolão de loteria
Vigia de Fórum da região é suspeito de sumir com prêmio de bolão de loteria
Publicado em: 08 de janeiro de 2013 às 12:12
Um bolão feito na Vara da Infância e Juventude de Rio Preto na Mega-Sena da Virada virou motivo de discórdia entre os apostadores. O bilhete, que rendeu um prêmio na quina de R$ 27 mil, precisou ser confiscado pelo juiz Osni Assis Pereira para acalmar os ânimos dos jogadores, mas o impasse permanece. Isso porque o vigiado prédio, um moço de34 anos, que coordenou os jogos, teria sumido após o sorteio e, quando reapareceu, revelou aos participantes do bolão que havia incluído outras 94 pessoas no grupo de apostas. Ele nega o sumiço.
No bolão de 60 apostadores que trabalham no prédio da Infância e Juventude estão um juiz, um promotor, advogados e oficiais de justiça. Por causa do recesso de final de ano, a Vara da Infância e Juventude só voltou a funcionar ontem. Basílio foi aguardado pelos jogadores durante toda a manhã. Ele chegou ao prédio por volta das 11h30 e uma confusão tomou conta do local. Os apostadores exigiram do vigia explicações em relação ao suposto desaparecimento dele e à divisão do prêmio.
Alguns apostadores disseram que tentaram localizar o vigilante por telefone, por e-mail, por mensagens, mas não conseguiram. Teve até quem o procurou na casa dele, na zona rural de Guapiaçu. “O prêmio não pode ser dividido com essas outras pessoas. O bolão foi feito apenas com funcionários daqui. Cada um de nós tem direito a receber R$ 450, e não R$ 180 como Cristiano diz”, afirmou a advogada L.V.P., 26 anos, que pediu para não ter o nome completo revelado.
A auxiliar de limpeza Aparecida Donizetti, 56, contou que ao descobrir que era uma das ganhadoras da Mega da Virada não controlou a ansiedade e tentou falar imediatamente com o organizador da aposta. “Liguei várias vezes no celular e na casa dele. Ele não deu sinal de vida e nem se preocupou em falar com as pessoas que participaram do bolão.”
O oficial de justiça Roberto Paulo Belarmino, 52, afirmou que fez duas apostas. Uma para ele e outra para a mulher. “Apostei R$ 20. Só agora descobri que meu nome nem consta na lista dos jogadores.” Segundo Belarmino, na lista de apostas feitas pelo grupo do bolão constam 300 jogos, mas o vigia alega que foram feitos 730. “O que Cristiano quer é ficar com o dinheiro só para ele. Mas isso não vai acontecer. Nós vamos procurar a polícia se for preciso”, afirmou.
A advogada C.A.O., 31, que também não quis ter o nome completo divulgado, disse que se a situação não for resolvida, ela irá procurar ajuda da polícia. “Ele está tentando nos enganar para ficar com a maior parte do dinheiro. Agiu de caso pensado”, declarou. Basílio não quis dar detalhes do que aconteceu à reportagem. Disse apenas que errou ao incluir outras pessoas no mesmo bolão que havia feito com os colegas da Vara da Infância.
Ele disse ainda que não desapareceu. “Moro na chácara e lá não pega celular. Fiquei em casa todos esses dias.” Por telefone, o juiz Osni Pereira informou ao Diário que o bilhete vai ficar com uma pessoa de confiança, que também participou do bolão, até que tudo seja resolvido. Ele não revelou com quem está o comprovante da aposta, mas a reportagem apurou que o bilhete foi entregue para uma funcionária da 1ª Vara da Família.
“Não vou permitir que se faça falcatruas aqui”, disse o juiz. Na quinta-feira, o grupo vai se reunir com outro juiz para decidir o que será feito. Esse magistrado, que também participou do bolão, deverá dar uma solução para o “bolão da discórdia”. Os números vencedores da Mega da Virada foram 14, 32, 33, 36, 41 e 52. Três apostas faturam R$ 81,594 milhões cada uma.
(Jocelito Paganelli - Diário da Região)
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