Acusados de assassinato de travesti em Votuporanga são interrogados no Fórum
Acusados de assassinato de travesti em Votuporanga são interrogados no Fórum
Publicado em: 03 de fevereiro de 2013 às 09:44
No próximo dia 27, acontece no Fórum de Votuporanga, a audiência dos acusados e testemunhas de um dos crimes mais bárbaros da história recente do municÃpio. Adenildo Torres da Silva e Regivan Francisco dos Santos foram denunciados pelo Ministério Publico pelo latrocÃnio (roubo seguido por morte), de Marcos Gustavo da Silva Costa, o travesti conhecido como Vitória, em setembro de 2012. Devido a natureza do crime, o julgamento não será por júri popular e a sentença dos réus deve ser publicada em até três semanas após a audiência. Na época, o crime chamou a atenção da mÃdia regional e de toda a população pelos requintes de crueldade em que foi consumado. A vÃtima teve orelha e órgão genital mutilados pelos seus assassinos. Por terem sido subtraÃdos objetos pessoais de Vitória, o MP classificou o crime como latrocÃnio que, segundo Código Penal, é classificado como crime contra o patrimônio e não contra a vida, e dessa forma, não é julgado em um júri popular. Na audiência, na presença da acusação, representada pelo promotor de Justiça Marcus VinÃcius Seabra, e pelos advogados de defesa nomeados, Renan Denny Feitosa e Rita Amélia de Paula, serão ouvidas testemunhas arroladas e os réus. Segundo o juiz Jorge Canil, a sentença sobre o caso deve ser publicada em cerca de três semanas após a audiência. Denúncia Segundo a denúncia do Ministério Público, com base no inquérito policial apresentado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais), o latrocÃnio de Vitória aconteceu no dia 16 de setembro de 2012, por volta das 5h, um domingo, na avenida José Martins Miravette, no 1º Distrito Industrial. Segundo o MP, Adenildo e Regivan, "mediante emprego de meio cruel, subtraÃram para eles coisas alheias, sendo que da violência empregada resultou na morte de Marcos Gustavo da Silva Costa, conhecido por ´Vitória´". Crime brutal A investigação apontou que, por volta das 22h da noite anterior, os acusados foram até uma casa de shows na avenida EmÃlio Arroyo Hernandes, local frequentado por vários travestis, tendo visualizado Vitória, Posteriormente, por volta das 4h, eles saÃram do estabelecimento em um automóvel Ford Del Rey, com placas de Parisi, e dirigiram-se até as proximidades de um bar, localizado na avenida Jerônimo Figueira da Costa, tendo ambos novamente avistado a vÃtima. Assim, dizendo-se interessados em ajustar um programa sexual com a vÃtima, passaram a segui-la de carro, saindo da vista de outras pessoas que se encontravam pela rua. Instantes depois, Vitória foi abordada e Regivan, que estava no banco de passageiros, foi para o banco de trás, enquanto Regivan estava no volante. Instantes depois, os acusados e as vÃtimas começaram a discutir sobre o valor do programa sexual a ser feito por Vitória. Ainda segundo a denúncia, Regivan segurou a vÃtima por trás, imobilizando-a, enquanto Adenildo abriu a bolsa da vÃtima e apossou-se de um canivete que ali havia. No momento em que percebeu o roubo em curso, houve tentativa de reação, mas Adenildo teria investido contra ela, passando a desferir vários golpes com o canivete, atingindo o pescoço, orelha esquerda, e coxa esquerda. Por fim, teria golpeado o pênis da vÃtima. Orelha Ainda de acordo com o que foi apurado pela polÃcia e denunciado pelo Ministério Público, após os indiciados terem removido o corpo do travesti do automóvel, abandonaram no local, próximo ao Ecotudo Norte, e fugiram levando objetos pessoais da vÃtima. De maneira fora do comum, também levaram com eles a orelha esquerda decepada. Em seguida, colocaram dentro de uma garrafa de vodca, e a jogaram num bueiro, no cruzamento das ruas Inglaterra e José Messias da Silva, no Parque das Nações. Prisão No dia 18 de setembro de 2012, a PolÃcia Civil, mediante ao seu trabalho investigativo, conseguiu descobrir a autoria do assassinato brutal e juntamente com a PolÃcia Militar, dirigiram-se até o endereço. No local, localizaram o celular da vÃtima, o veÃculo utilizado no crime, vindo os acusados, ainda de acordo com o MP, terem confessado o delito. Os agentes policiais descobriram que eles estavam se preparando para fugir, já tendo comprado passagens de ônibus para o Mato Grosso do Sul. Os indivÃduos foram presos e encaminhados à DIG, e aguardam o julgamento em reclusão. (Jociano Garofolo - A Cidade)
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