Réu provoca confusão e acaba com julgamento em Rio Preto
Réu provoca confusão e acaba com julgamento em Rio Preto
Publicado em: 14 de março de 2013 às 10:59
O réu Guilherme Sampaio, 27 anos, conseguiu dissolver o Conselho de Sentença e adiar pela segunda vez o júri popular que o julgava, anteontem, no Fórum de Rio Preto. Dessa vez, ele estava sendo acusado pelo assassinato do ex-comparsa e amigo de infância Cássio LuÃs Cardoso, 20 anos, em 2005. A primeira ocasião em que o Tribunal do Júri foi dissolvido foi em 2011, em um processo em que Guilherme respondia por tentativa de homicÃdio contra o ex-comparsa Jhon Valentim dos Santos. Apontado como indivÃduo perigoso, Guilherme foi retirado do plenário do júri por tentar impedir que o promotor José Heitor dos Santos, responsável pelo caso, fizesse a explanação do crime para os jurados. O réu falava alto e ao mesmo tempo que o promotor. Ele afirmava que o que estava sendo dito sobre o crime era mentira e que não estava sendo defendido. Alterado, o réu decidiu destituir a advogada Márcia Daniela Barbosa de Oliveira. Um acordo foi firmado entre a advogada e o réu em que houve quebra de confiança de ambas as partes. “Desde terça-feira eu não respondo mais pelo processo deleâ€, enfatizou. Márcia afirmou também que para dissolver um tribunal do júri é preciso que haja alegações, não podendo haver motivos pessoais. “Ele alegou que sua defesa não estava sendo feita, uma vez que o promotor não quis ouvir as testemunhas de acusação. Não havia testemunhas de defesa, pois ele nunca arrolou. Essa foi uma atitude protelatória, aliás, ato que ele está acostumadoâ€. O ex-promotor de justiça Antônio Baldin ressalta que o custo com a realização de um Tribunal do Júri é alto, no entanto não há como estimar o valor. “São 25 pessoas que comparecem ao Tribunal para serem selecionadas e participar dos trabalhos, cada uma exerce uma atividade e deixa de atuar neste dia. Há custos também com os funcionários: dois oficiais de justiça, o juiz, o promotor, advogado. Tudo isso é onerosoâ€, afirma. Guilherme está preso em Riolândia, com isso também foi gasto dinheiro com sua viagem e escolta. No processo, o presidente do Tribunal do Júri explicou que a “conduta do réu em plenário deu causa à dissolvição do Conselho de Sentença. Anoto desde já, a conduta correta da digna defensora, sendo que esta não tem responsabilidade pela conduta do réuâ€, acrescentando que o “crime atribuÃdo ao réu é de extrema gravidade e revela sua periculosidadeâ€. Guilherme, que estava preso por outros crimes, teve a prisão preventiva decretada também pelo assassinato e tem um prazo de 10 dias, a contar de terça-feira, para instituir um novo advogado. Passado esse prazo um defensor público será indicado. Ele já foi condenado a mais de 40 anos de prisão, sendo 14 anos e 6 meses pelo assassinato de outro comparsa, Jhon Valentim dos Santos (que à época tinha 17 anos), 28 anos por roubo e três anos por porte ilegal de arma. (Tatiana Pires – Diário da Região)
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