SAÚDE: Descubra os riscos do consumo de adoçante
SAÚDE: Descubra os riscos do consumo de adoçante
Publicado em: 24 de março de 2013 às 19:39
O adoçante surgiu na década de 1960 e sempre levantou muitas dúvidas sobre seu consumo. Especialistas ressaltam que os adoçantes são indicados para pessoas diabéticas, com pré-diabetes ou que precisam emagrecer, mas desde que com recomendação de um médico ou nutricionista. Portanto, pessoas saudáveis, sem nenhuma doença que obrigue a restringir o açúcar não deveriam fazer uso do produto.
Os edulcorantes, também conhecidos como adoçantes, são moléculas de substâncias que têm capacidade de conferir ao alimento sabor doce. A nutricionista funcional Sandra Reis explica que muitos dos edulcorantes têm capacidade de adoçar muitas vezes mais que o próprio açúcar.
Essa substância, segundo Pollyana Esteves, nutricionista, em São Paulo, tem baixo valor energético. “Existem adoçantes sintéticos produzidos por meio de processo industrial específico, como aspartame, e os naturais, como a frutose ou sacarose, vindo de fontes naturais como as frutas, por exemplo”, explica.
Existem dois tipos de adoçantes de mesa, que são aqueles formulados para conferir sabor doce aos alimentos e bebidas. Eles são constituídos por edulcorantes previstos na legislação e não são recomendados para diabéticos. Já os adoçantes dietéticos são formulados para dietas com restrição de sacarose, frutose ou glicose, para atender às necessidades de pessoas com restrição a esses carboidratos.
Sandra ressalta que o adoçante é recomendado somente para pessoas que possuem alguma desordem no metabolismo, absorção e utilização do açúcar (glicose). “Não deve ser usado indiscriminadamente, a atenção deve ser dada à utilização de adoçantes por crianças; essas não devem usar de maneira alguma, somente se forem diabéticas”, diz. Ainda segundo a nutricionista, o diabético é o paciente mais indicado para usar o adoçante. “No caso de sobrepeso ou obesidade, o uso é questionável”, complementa.
A especialista afirma que o uso consciente e quando necessário desse produto não traz problemas à saúde, mas é preciso ficar atento não só no adoçante que se usa nos cafezinhos e sucos, mas nos alimentos que já vêm adoçados artificialmente. “O excesso de qualquer nutriente ou produtos alimentares não é bem-vindo ao nosso organismo.”
É importante lembrar que pessoas intolerantes às substâncias dos adoçantes podem ter algum tipo de reação orgânica ao consumi-los. “A atenção tem de ser aumentada aos intolerantes a fenilalanina, um aminoácido que pode trazer danos aos fenilcetonúricos (doença genética). O aspartame é um adoçante que contém fenilalanina”, explica Sandra.
O uso do adoçante poderia ser evitado com uma reeducação do paladar, segundo a nutricionista de Rio Preto. Ela diz que é preciso consumir a menor quantidade possível de açúcar, o que pode ser difícil no início, mas aos poucos o paladar se acostuma e se torna mais fácil manter o hábito.
“Outra alternativa que sugiro para meus pacientes é o uso do agave, que é um alimento orgânico, de poder adoçante maior que o açúcar e de baixo índice glicêmico, o que permite sua utilização por diabéticos controlados. Seu poder de adoçar é três vezes maior que o açúcar comum e por isso não é necessário usá-lo em grandes quantidades nas preparações. O agave orgânico é boa fonte de minerais, como ferro, cálcio, potássio e magnésio”, recomenda.
(Jéssica Reis – Diário da Região)
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