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Votuporanga está entre as melhores cidades para se viver

Votuporanga está entre as melhores cidades para se viver

Publicado em: 30 de julho de 2013 às 09:15



Oito cidades da região de Rio Preto estão entre as 100 melhores do Brasil em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de acordo com levantamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgado ontem. Rio Preto está em 50º lugar, atrás de Ilha Solteira (18ª) e empatada com Fernandópolis.

O índice, que é chamado de Atlas do Brasil, foi calculado com base nos dados do Censo 2010, do IBGE, e considera renda, longevidade e educação para a avaliação. Depois de Rio Preto e Fernandópolis está Votuporanga, que vem em 67º no ranking nacional, Barretos (71º), Catanduva (92°), Monte Aprazível (92º) e Santa Fé do Sul (100º) completam os cem primeiros no Noroeste paulista.

Todas as oito têm IDHM classificado como alto, que vai de 0,700 a 0,799. O máximo a ser atingido pelas cidades é índice de 1. São Caetano do Sul, que é a primeira colocada entre os 5.565 municípios do Brasil, tem índice de 0,862 enquanto Rio Preto está com 0,797.

Dois outros IDHMs foram divulgados pela ONU. Em 1998, baseado nos censos de 1970, 1980, 1991, e em 2003, com base no censo de 2010. A metologia de avaliação da PNUD, no entanto, foi modificada nesses últimos anos. Por isso, não há como comparar o ranking em que as cidades estavam nos últimos levantamentos com a posição em que estão agora. Ainda assim, os IDHMs foram recalculados para que se possa avaliar o quanto a cidade progrediu ou regrediu de um período ao outro.

Em 20 anos, o IDHM de Rio Preto teve crescimento de 30,66%. A maior parte desse crescimento, entretanto, aconteceu de 1.991 para 2.000, quando o índice da cidade cresceu em 22,13%. De 2000 para 2010 o crescimento rio-pretense foi de 6,98%, número inferior ao progresso de cidades como Ribeirão Preto (9,14%), Bauru (8,83%). Apenas São Caetano do Sul, a primeira colocada, cresceu menos que Rio Preto, o que não afetou sua classificação, já que o município tem elevados índices de renda, educação e saúde.

Para o professor Carlos Eduardo Guimarães, doutor em sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, a falta de investimentos públicos proporciona índices baixos e faz com que Rio Preto esteja em 50º lugar no ranking. “Onde o Estado investe e está mais presente, você tem melhorias”.

Em relação à educação, o professor avalia que a cidade carece de grandes universidades públicas. “A Unesp em Rio Preto é um campus pequeno perto dos de cidades como Bauru e Ribeirão, que são pólos universitários. A universidade pública atrai a população de alta escolaridade, que tende a transferir isso para os seus filhos e permanecer na cidade depois de formado”.

Quanto à renda, o professor explica que Rio Preto é prioritariamente uma cidade que investe em agronegócios e serviços. “A renda desses setores tende a ser menor do que de cidades onde há indústrias”. A economista e superintendente da RiopretoPrev, Emília de Toledo Leme, avalia que a nova metologia de avaliação da ONU deixou o índice mais rigoroso. “Antes, eles trabalhavam com números absolutos.

Agora, eles avaliam, por exemplo, a parte qualitativa da educação”. Para ela, isso indica que é necessário trabalhar ainda mais. “Tudo o que foi feito em Rio Preto nos últimos 10 anos foi para manter a cidade no alto nível de desenvolvimento, mas agora temos o desafio de atingir o muito alto nível”. Questionado pelo Diário, o prefeito de Rio Preto Valdomiro Lopes (PSB) avaliou toda a questão com uma única frase, enviada por e-mail através de assessoria de imprensa: “"Estamos bem, mas precisamos melhorar ainda mais.", limitou-se a análise.




Fernandópolis no nível rio-pretense

Com 65 mil habitantes, Fernandópolis tem apenas 16% da população de Rio Preto. Mas se iguala à maior cidade da região em qualidade de vida, segundo o IDH divulgado ontem. A cidade atingiu o índice 0,797, número 9,48% maior do que o dado anterior, de 2000.

Para o secretário de Desenvolvimento da cidade, um conjunto de fatores impulsionou a boa colocação no ranking. “Na renda, temos grandes empresas que geram empregos. Nossa renda é alta, com PIB per capita de R$ 15,3 mil, com alfabetização de 94%. Na saúde, a mortalidade infantil é de 8,4 para cada mil nascimentos, bem abaixo da média estadual, que é de 11,5. No saneamento, 100% do esgoto é coletado e tratado. Tudo isso ajuda na qualidade de vida”, explica.

Em seguida, 17 posições abaixo, vem a vizinha Votuporanga, com índice 0,790. De acordo com a assessoria da prefeitura, há forte investimento nos três pilares do IDH: saúde (longevidade), educação e renda. Na educação, por exemplo, a prefeitura afirma investir em escolas de padrão semelhante à rede particular, com material didático de qualidade. A cidade possui um dos melhores Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Brasil, entre as cidades com mais de 50 mil habitantes.

Além disso, nos últimos quatro anos, segundo a assessoria, foram gerados mais de 6 mil empregos com carteira assinada e abertas 2,7 mil novas empresas. “Votuporanga é uma cidade em pleno desenvolvimento e que vai crescer e oferecer mais qualidade de vida para a sua população”, disse o prefeito Júnior Marão por meio de nota.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Ilha Solteira por duas vezes na tarde de ontem, mas não houve retorno.



(Allan de Abreu, Daniela Penha e Elton Rodrigues – Diário da Região)

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