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Corregedores da Polícia Civil da região caem após denúncias

Corregedores da Polícia Civil da região caem após denúncias

Publicado em: 13 de agosto de 2013 às 07:53

A Secretaria de Segurança Pública não resistiu às pressões do Ministério Público e da Justiça de Rio Preto e destituiu os delegados delegados Luiz Fernando Camargo da Cunha e Cristina Helena Spir Sant’Anna das funções de corregedores. Cunha exercia o cargo de chefe da Divisão das Corregedorias Auxiliares, na Capital, e Cristina era a chefe do orgão responsável por investigar infrações e crimes cometidos por policiais em Rio Preto.



O afastamento dos dois policiais, por decisão da Delegacia Geral da Polícia Civil, foi publicado no Diário Oficial do Estado do último sábado e ocorre 20 dias depois de a Justiça de Rio Preto exigir explicações para a trasferência do inquérito da Operação Queda d’Água, que apura o envolvimento de pelo menos cinco policiais da região com a máfia dos caça-níqueis, para a Capital e também o motivo do afastamento dos delegados Laércio Ceneviva e Airton Douglas Honório das investigações. A pressão do Ministério Público foi deflagrada em março, quando Cristina foi nomeada para assumir a chefia da Corregedoria da Polícia Civil em Rio Preto. Dois motivos foram determinantes para a contrariedade dos promotores: a mudança ocorreu às vésperas da conclusão das investigações da Operação Queda D’Água - momento em que os promotores julgavam ser o mais importante para as investigações pela fase de interrogatório e eventual indiciamento -, e o fato de Cristina ser mulher do delegado Ricardo Afonso Rodrigues, um dos policiais investigados no inquérito. Rodrigues é suspeito de violação de sigilo funcional e de justamente vazar informações de ações da Corregedoria.



Dois delegados e pelo menos três investigadores são suspeitos de receber propina para dar proteção e fazer vistas grossas à atuação da máfia dos caça-níqueis na região de Rio Preto. Responsáveis pela investigação temiam que a relação familiar de Cristina com Ricardo pudesse prejudicar o andamento do inquérito, o que de fato acabou acontecendo com a transferência da investigação para a Capital. Atualmente não dá para saber em que pé está o inquérito, cujas investigações estão sob o comando da Divisão de Crimes Funcionais, na Capital. À Justiça, a Corregedoria Geral da Polícia Civil informou que transferiu o inquérito para a Capital para “preservar a imparcialidade da investigação”.



A Secretaria de Segurança Pública não informa em que pé estão as investigaçõies. O Diário apurou, no entanto, que nenhum policial foi indiciado até agora. Com o afastamento do cargo, Cristina perde a gratificação a que tinha direito por assumir a função de delegado de 1ª classe e volta a ficar subordinada e à disposição do Departamento de Polícia Judiciária do Interior. Cristina foi procurada na quinta e sexta-feira da semana passada para se manifestar sobre o assunto, mas segundo seus auxiliares não poderia atender a ligação. Ontem ela não foi encontrada. O delegado Domingos José Marcos, titular do 1º DP, deverá assumir o lugar de Cristina na chefia da corregedoria.

Decade

Já o delegado Luiz Fernando Camargo da Cunha vai compor os quadros do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), na Capital.



Cunha já chefiou a Corregedoria de Rio Preto e, coincidentemente, também foi removido do cargo em 2009 logo após suspeita de vazamento de informações do inquérito que deflagrou a Operação Queda D’Água. Ele não foi localizado para se manifestar sobre a transferência. (Rita Magalhães – Diário da Região)

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