Jornalista brasileira é presa durante trabalho nos EUA

Correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" ficou detida por cerca de cinco horas na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, por esperar a saída do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, dentro de um dos prédios do local.



A brasileira Claudia Trevisan estava lá para cobrir a participação de Barbosa Seminário Constitucionalismo Global 2013. Claudia ficou presa e algemada em um carro da polícia e no Departamento de Polícia da universidade acusada de 'transgressão' criminosa. 'Eu não invadi nenhum lugar. Passei cinco anos na China, viajei pela Coreia do Norte e por Miamar e não me aconteceu nada remotamente parecido com o que passei na Universidade de Yale", afirmou a jornalista em entrevista ao site do jornal. Claudia conta que pediu ajuda a um policial para confirmar o prédio onde o evento ocorria. Ele pediu os documentos da repórter e depois se recusou a devolvê-los. De acordo com a jornalista, ele já sabia da presença dela no local. "Nós sabemos quem você é. Você é uma repórter, temos sua foto. Você foi avisada muitas vezes que não poderia vir aqui", teria dito o policial.





Em seguida, ela foi algemada e presa. Apenas quatro horas depois de detida, Claudia teve direito a fazer uma ligação. O Itamaraty, a embaixada brasileira em Washington e o consulado em Hartford, Connecticut, acompanham o caso de perto e ofereceram apoio jurídico à jornalista.



Trabalhando em Washington desde agosto deste ano, Claudia Trevisan passou os últimos cinco anos na China, onde foi diretora da Associação de Correspondentes Estrangeiros. Segundo a repórter, apesar do evento ser fechado para a imprensa, ela havia avisado a assessora da universidade e ao ministro que estaria esperando do lado de fora do prédio onde o evento estava ocorrendo.



O local é público e fica aberto para a visitação de turistas todos os dias.