Corpos de vítimas de descarrilamento são velados em Rio Preto
Corpos de vítimas de descarrilamento são velados em Rio Preto
Publicado em: 25 de novembro de 2013 às 17:30
Um trem carregado de milho descarrilou por volta das 16 horas de domingo, 24, no Jardim Conceição, em Rio Preto, invadiu duas casas e provocou a morte de pelo oito pessoas.
Segundo informações do capitão Edmilson Santana Branco, do Corpo de Bombeiros, a composição tinha nove vagões e um deles atingiu duas casas. Em uma delas acontecia uma festa.
Até as 19h30, quatro mortes tinham sido confirmadas. Mais tarde, já de madrugada, foram registrados oficialmente outros quatro óbitos. No total, foram quatro mulheres, duas crianças e dois homens. Morreram na tragédia a dona de casa Graziela Joaquim dos Santos, 27, que estaria grávida de três meses, o filho dela Kauã dos Santos de Almeida, de 6 anos, além da doméstica Paula Ramos Cardoso da Silva, 36, e a filha dela Amanda Cardoso da Silva, 16, a farmacêutica Denize da Cruz Flora, 33, Rafaela dos Santos Barcelos, 2, e o auxiliar de serviços gerais Waldemar Dias da Silva, 41 anos. O namorado de Graziela também estaria entre os mortos, mas ainda não foi identificado pela polícia.
Os feridos foram encaminhados para a Santa Casa, Hospital de Base (HB) e Hospital da Criança. Entre eles estão a doméstica Clauci Joaquim dos Santos, que foi levada para a Upa Jaguaré, a menina Marcella Barbosa Cardoso, 10, levada ao Hospital da Criança, a dona de casa Luzia Dias da Silva, 78, encaminhada ao HB, o garoto Lucas dos Santos, 7, que foi levado para a Upa Central e já recebeu alta. O engenheiro civil Vagner dos Santos Barcelos, 33, sofreu politrauma, está estável e permanece internado na Santa Casa, assim como Ronaldo Batista, que teve trauma no tórax e está em observação no local. O número de pessoas feridas pode aumentar uma vez que o trabalhado de resgate continua.
Por volta das 19 horas de domingo, 24, uma máquina começou a retirar o milho do local para que um guincho pudesse erguer os vagões. Em meio ao medo e à tristeza pela morte das vítimas, vizinhos e familiares reclamam do descaso das autoridades em relação à passagem de trens no local.
“Eu não durmo. Cada vez que o trem apita eu acordo. O medo de que algo aconteça é constante”, diz o autônomo Paulo Sérgio Maciel. Ele e a mulher moram há um ano na esquina de onde aconteceu o acidente e afirmam que depois da tragédia deste domingo vão mudar. Irmão de uma das vítimas, José Roberto Dias da Silva estava revoltado. “Eu acho que perdi o meu irmão, a pessoa que eu mais amo nesse mundo.”
(Cristiano Furquim e Maria Stella Calças – Diarioweb)
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