Empresária da moda da região é suspeita de agenciar prostituição
Empresária da moda da região é suspeita de agenciar prostituição
Publicado em: 08 de novembro de 2013 às 07:48
A Polícia Civil investiga uma rede de prostituição e tráfico internacional de mulheres em Rio Preto.
O esquema, que envolve o aliciamento de menores, seria chefiado por um empresário dono de uma grife de roupas na cidade. Ontem, policiais apreenderam farto material erótico, DVDs e computadores na mansão dele, no condomínio de luxo Damha 1, e em uma chácara às margens da rodovia Assis Chateaubriand.
O empresário e a mulher são suspeitos de favorecer a prostituição em festas na cidade, juntamente com um amigo do casal e H.A.S.. Essa última seria responsável por aliciar as garotas e ficar com parte do dinheiro dos programas.
O grupo também é suspeito de enviar prostitutas para os Estados Unidos, o que será investigado pela Polícia Federal em outro inquérito.
Os quatro investigados foram ouvidos ontem de manhã pela delegada Dálice Ceron, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que preside o inquérito, e liberados em seguida.
A investigação começou há cerca de um mês, a partir do depoimento de uma menor de idade supostamente aliciada pelo grupo. Segundo ela, as mulheres recebiam R$ 250 por programa. “Vamos encaminhar o material apreendido para perícia e buscar a oitiva de mais envolvidos”, disse ontem a delegada.
A polícia ainda não sabe o número de mulheres e adolescentes aliciados. “Isso ainda será apurado, mas sabemos que são muitas, inclusive de outros Estados.”
O inquérito da DDM, que tramita na 2ª Vara Criminal de Rio Preto, investiga os quatro por favorecimento à prostituição e exploração sexual de menores. Ainda não houve indiciamentos.
Na mansão do Damha foram apreendidos notebooks, CDs, pen drives, DVDs e material erótico, além de 4.250 euros e US$ 2,1 mil. Na chácara de H.A.S., entre Rio Preto e Guapiaçu, os policiais apreenderam R$ 2,5 mil, fotos de mulheres seminuas e mais material erótico, além de duas espingardas, dois revólveres, uma garrucha, munição e duas porções de maconha. Como as armas, sem registro, pertencem ao caminhoneiro S.C.R.N., filho de Helena, ele foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Em 2011, H.A.S. foi condenada por rufianismo pelo Tribunal de Justiça, acusada de envolvimento em uma rede de prostituição de luxo em Rio Preto, inclusive com o envolvimento de universitárias, que funcionou na cidade em meados da última década.
Outro lado
O advogado de H.A.S., Paulo Vinicius Silva Goraib, negou envolvimento dela com o suposto esquema. “As provas do inquérito são muito frágeis”, disse. Goraib afiirmou que vai aguardar a conclusão do inquérito para decidir qual medida judicial irá adotar. Ele também adiantou que vai ingressar com um pedido de liberdade provisória para o caminhoneiro detido.
Rodrigo Gomes Nabuco, que advoga para os outros três investigados, não foi localizado ontem. A reportagem deixou dois recados com sua secretária, mas não houve retorno até as 19h.
(Allan de Abreu - Diário da Região)
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