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Gaeco denuncia acusados de megatráfico em Votuporanga e região

Gaeco denuncia acusados de megatráfico em Votuporanga e região

Publicado em: 30 de novembro de 2013 às 06:26

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) denunciou à Justiça 17 pessoas por tráfico e associação ao tráfico. O grupo é acusado trazer maconha e cocaína do Paraguai e comercializar o entorpecente em bocas de fumo de Rio Preto, José Bonifácio e Votuporanga. Parte da droga foi trocada no país vizinho por carros “finan”, financiados fraudulentamente.



O esquema também envolvia a compra e venda clandestina de armamento pesado em Rio Preto, como fuzis calibre 7.62, utilizados pelo Exército brasileiro. A maior parte da quadrilha foi presa temporariamente em setembro deste ano, quando o Gaeco deflagrou a operação batizada de Rota Caipira, alusão ao fato de que o interior paulista serve de corredor de drogas vindas do Mato Grosso para a Capital.



Entre os denunciados por associação ao tráfico estão José dos Santos Batista, o Mineiro, 37 anos, que liderava o tráfico em José Bonifácio e foi preso em flagrante há um ano na cidade com 39 porções de maconha. Com o traficante atrás das grades, quem assumiu a dianteira do negócio foi o seu braço-direito, Raul José Filho, o Zé, 41 anos, também denunciado por tráfico e associação.



O grupo adquiria cocaína e maconha de Osmar de Araújo Lima, um ex-cabo do Exército morador de Ponta Porã (MS), cidade vizinha de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. O Gaeco e a PM conseguiram apreender um desses carregamentos. A caminhonete que Gustavo Firmino da Silva, o Alemão, 30 anos, conduzia foi interceptada próximo a José Bonifácio no dia 16 de novembro. Escondida na carga de pneus, havia 96 quilos de maconha, além de remédios de uso proibido no Brasil. Lima e Alemão também foram denunciados por associação.



Mas a prisão do comparsa e a perda da droga não abalaram os negócios de Zé. Menos de 20 dias depois, ele negocia mais 25 quilos de maconha com um fornecedor de Mato Grosso do Sul ligado a Osmar. E diz que “não pode faltar do branco” - cocaína, segundo o Gaeco. No início de 2013, Zé mudou-se para a zona norte de Rio Preto, e passou a manter negócios no tráfico com Helton Alexandre de Souza e seu pai, Edson, 49. Esse último, por sua vez, era ligado a Geovani Duarte, morador do Damha 3, condomínio de luxo da cidade. Em maio deste ano, Edson pede que Geovani “pegue uma amostra” da droga para avaliar a sua qualidade. No mês seguinte, outro rapaz, chamado Theo, oferece droga - provavelmente maconha - a R$ 700 (o quilo), “boa, cheirosa”.



Helton e Theo foram denunciados por tráfico e associação ao tráfico. Edson e Geovani, por associação apenas. O Gaeco divulgou apenas as iniciais dos denunciados, mas a reportagem apurou a identidade de 11 deles. A 5ª Vara Criminal de Rio Preto deve intimar os advogados de todos para apresentarem suas defesas preliminares. Em seguida, caberá ao juiz decidir se acata a denúncia e instaura a ação penal contra o grupo. Todos seguem presos preventivamente. Procurados, os advogados José Roberto Curtolo Barbeiro e Gisele de Oliveira Lima, que defendem Raul e Leandro Pereira Lima, respectivamente, não quiseram comentar a denúncia ontem. Os defensores dos demais não foram localizados.







(Allan de Abreu – Diário da Região)

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