Aviãozinho não tripulado vai fiscalizar danos ambientais na região

Áreas de preservação ambiental da região terão um novo aliado na fiscalização. O grupo AES Tietê, que atua na produção de energia elétrica e mantêm usinas na região, anunciou a compra de um VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) para monitorar setores que estão sob a responsabilidade da empresa.





Uma delas será a hidrelétrica de Água Vermelha, na divisa com Minas Gerais. O equipamento já está em fase de testes e começa operar definitivamente em fevereiro. Custou cerca de R$ 200 mil e sobrevoará região dos rios Tietê, Pardo e Grande auxiliando na gestão das margens dos reservatórios. Controlado por GPS e satélite e voando até 500 metros de altura, o veículo vai ser usado para fotografar em alta resolução de áreas de difícil acesso que margeiam as represas.





Um dos objetivos é localizar áreas invadidas e desmatamentos provocados por construções irregulares como casas de veraneio e ranchos. A empresa garante que com o equipamento regiões alagadas, brejos, encostas e locais com outros obstáculos naturais serão monitorados com muito mais agilidade. Atualmente, o monitoramento é feito com veículos terrestres ou barcos. A AES diz que haverá economia com a nova tecnologia, mas ainda não tem uma estimativa de custos. Segundo o diretor geral de geração, Ítalo Freitas Filho, a AES possui cerca de 4 mil quilômetros de área de preservação ambiental para monitorar incluindo as nove usinas nos Estados de Minas Gerais e São Paulo.





“Às vezes, com uma equipe de barco ou caminhonete, levamos um dia ou mais para acessarmos e avaliarmos riscos ambientais de uma área”, disse. Rádio e foto O VANT é um equipamento suíço e a empresa deve comprar mais um modelo este ano. O pequeno avião pesa apenas 0,7 quilo e tem pouco menos de um metro de diâmetro. É capaz de voar a uma velocidade de 57 km/h e conta com rádio transmissor de longo alcance e câmera fotográfica de 16 megapixels.



A autonomia de voo é de 45 minutos, tempo suficiente para fazer a cobertura de uma área de aproximadamente dez quilômetros quadrados. A decolagem é feita com impulso manual e são necessários apenas cinco metros de área livre para realizar a manobra. Todo voo e pouso são controlados eletronicamente.





(Guto Pereira – Diário da Região)