Criança morre ao bater cabeça em tanque na região
Criança morre ao bater cabeça em tanque na região
Publicado em: 26 de março de 2014 às 06:54
Dor e indignação marcaram o velório da pequena Jheniffer Emanuelly da Silva Fernandes, 1 ano, enterrada ontem à tarde (25/3) no cemitério São João Batista, em Rio Preto.
Ela estava internada há três dias no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) e morreu, anteontem, devido a um traumatismo que sofreu ao escorregar dentro de um tanque de lavar roupa e bater a cabeça. O acidente ocorreu na última sexta-feira, na casa dos pais dela, no Santo Antonio, zona norte. A família acusa o hospital de negligência ao demorar para diagnosticar o problema do bebê. A mãe, Michele Nineia da Silva, 17 anos, afirma que a culpa é dos médicos, que não atenderam Jheniffer direito. “O que será da minha vida agora sem a minha filha? Era para ela estar viva, se os médicos tivessem dado atenção para o quadro clínico dela. Mas não, eles atenderam, deram dipirona e mandaram para casa, uma criança que estava mal. Minha vida se foi.” A menina era a primeira e única filha de Michele e de Wesley Lucas Fernandes, que estão juntos há 4 anos. “Eles moram sozinhos em uma casa e tinham mania de dar banho na menina no tanque. Na sexta-feira, minha nora estava dando banho, quando ao se descuidar, minha neta escorregou e bateu a cabeça, na altura na nuca”, conta a avó paterna, Diva Albino F. Magalhães, 41 anos. De acordo com ela, os pais não levaram a menina para o hospital. “Depois de bater a cabecinha, ela brincou ainda, jantou e dormiu. Só fiquei sabendo o que tinha acontecido no sábado, quando eles me ligaram falando que ela estava com febre de 38 graus e enjoadinha. Peguei ela na hora e levei para o hospital.” A menina deu entrada no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) por volta das 13h, mas só foi atendida às 14h. “Isso porque eu insisti várias vezes para que examinassem minha neta. Fizeram dois exames, deram medicamentos e liberaram, dizendo que não sabiam o que era. Saímos a 1 hora da manhã de domingo.” Ainda no domingo, Jheniffer começou a passar mal novamente. “Voltei para o hospital. Ela estava urinando sangue e com a cabeça inchada.
Outro médico que atendeu disse que o estado dela era grave, que estava com um coágulo na cabeça. A partir daí, ela foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e morreu anteontem à noite.” Dilma diz que está se sentindo impotente ao ver o sofrimento do filho e da nora. “É uma tristeza que não tem explicação e uma raiva muito grande também. Estou até longe do meu filho, porque não sei como ajudar, estou sofrendo também. Sei que o hospital errou e eles terão que pagar por isso.”
Outro lado
Em nota, o Hospital da Criança e Maternidade informou que “a paciente foi atendida rapidamente pela equipe do Pronto-Atendimento, segundo os padrões médicos em casos de trauma.
Foram feitos todos os exames necessários, a menina foi examinada, medicada e, então, liberada. Quando retornou ao HCM com seus pais, a criança apresentava sintomas clínicos não relacionados à lesão sofrida pela queda, sendo necessário interná-la na UTI”, diz o HCM.
(Larissa de Oliveira – Diário da Região)
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