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Tomate volta a subir e chega a custar R$ 11 o kg na região

Tomate volta a subir e chega a custar R$ 11 o kg na região

Publicado em: 07 de março de 2014 às 06:26

O vilão da mesa dos cidadãos rio-pretenses está de volta. Depois de assustar consumidores durante o início de 2013, quando o quilo chegou a custar R$ 11,99, em alguns supermercados, o tomate volta a subir em Rio Preto e região. No atacado, apenas no último mês, o fruto registrou uma alta de 191%, entre os dias 5 de fevereiro e 5 de março.





Segundo cotação feita pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), em 5 de fevereiro, a caixa de tomate, com 22 quilos, era comercializada a preços que iam de R$ 15 a R$ 40. Na última cotação, feita quarta-feira, a caixa era vendida em torno de R$ 60 e R$ 100. Desta forma, o preço médio do quilo no atacado saltou de R$ 1,25 para R$ 3,64. Para o consumidor final a situação não está diferente. O preço praticado pelos supermercados para o quilo do tomate já é de R$ 7 e em alguns locais, dependendo da qualidade e do tipo do fruto, atinge R$ 10. E as razões são diversas, indo desde a natureza e o clima até a falta de produtos para repor os pontos de vendas. “O clima neste início de ano foi muito atípico e isso impactou diretamente na produção e, consequentemente, no preço”, comenta o economista Hipólito Martins Filho, um dos responsáveis pela pesquisa mensal que calcula o preço médio da cesta básica em Rio Preto. No entanto, se o clima foi um fator relevante, a falta de investimento dos produtores na cultura foi decisiva para a atual situação, garante Lupércio Fontana, fiscal da Ceagesp de Rio Preto. "Não houve planejamento para a reposição constante do tomate. O fruto é um produto de renovação rápida, então, quando o preço caiu há alguns meses, diversos produtores deixaram a cultura para focar em outras mais rentáveis." Segundo Martins Filho, o impacto no bolso do consumidor a curto prazo será alto. "Temos acompanhado os preços e as altas estão grandes. Os produtos não estão subindo apenas centavos, alguns chegam a ter variação de mais de R$ 1.

"O prejuízo não chega apenas para o consumidor. Gilson Ribeiro de Moura, dono da Banca de Frutas do Negão, conta que para não prejudicar seus clientes, tem repassado menos que o necessário para ter um bom lucro sobre o produto. "Estamos pagando de R$ 5,50 a R$ 6,50 para comprar no atacado e atualmente estou vendendo o tomate a R$ 6,90, o que não gera quase nenhum ganho.







Para ter retorno, precisaria ter um repasse de no mínimo 30%", analisa. A aposentada Josefina Garcia Ferreira já sentiu a variação e há algumas semanas deixou de comprar com frequência. "O tomate, além de caro, está com uma qualidade péssima. Por isso, estou tentando substituir por outros produtos. Quando quero comer algum legume, compro uma batata, uma abóbora, etc. E se preciso muito do tomate na receita, compro o extrato, que está praticamente o mesmo preço e a durabilidade é muito maior". O diretor regional da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Renato Martins, acredita que o pior já foi. "Os preços praticados atualmente serão o pico. Não deve acontecer o mesmo que no ano passado. A tendência é em breve começar a baixar e então estabilizar, diz.









(Beto Carlomagno – Diário da Região)

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