Bagunça sexual no Whatsapp vira caso de polícia em Cosmorama
Bagunça sexual no Whatsapp vira caso de polícia em Cosmorama
Publicado em: 15 de maio de 2014 às 11:41
A Polícia Civil de Cosmorama investiga o suposto caso de estupro contra uma garota de 13 anos. Um vídeo que mostraria a menor fazendo sexo com um rapaz foi compartilhado em grupos do Whatsapp, aplicativo para celulares que permite envio instantâneo de imagens, vídeos, mensagens e gravação de áudio. Fotos de outras estudantes, que também seriam da mesma cidade, com roupas íntimas e algumas mostrando parte do corpo também foram compartilhadas nesse mesmo aplicativo.
O Diário teve acesso a fotos e ao vídeo, gravado no banco traseiro de um carro. Dura pouco mais de um minuto e o rosto de uma adolescente aparece nitidamente durante a gravação, provavelmente feita com celular. Ela dá risadas e faz gestos sensuais com a boca.
“O boletim de ocorrência foi registrado pela mãe da vítima como estupro de vulnerável. Agora, o delegado de Cosmorama é quem irá investigar o caso”, disse a delegada Edna Rita de Oliveira Freitas, responsável pela Delegacia de Defesa da Mulher de Votuporanga. O delegado de Cosmorama, Elísio Aparecido Ferreira, disse que assim que receber a denúncia vai instaurar inquérito “para apurar os fatos e o envolvimento de outras garotas da cidade”.
Crime
O caso de Cosmorama, cidade com cerca de 8 mil habitantes, engrossa não só as estatísticas de criminalidade como as de casos de exposição íntima em redes sociais e aplicativos de celulares. Esse tipo de divulgação principalmente entre celulares de adolescentes e jovens – conhecida como sexting – é ilegal, independente de quem tenha começado a compartilhar e do motivo.
A divulgação de fotos ou qualquer imagem de adolescentes sem roupas é crime de pornografia e de pedofilia. O autor do vídeo da garota de Cosmorama também responderá por estes dois crimes.
A delegada Edna afirma que casos envolvendo adolescentes são raros e em média cinco mulheres registram por mês ocorrências relacionadas à exposição de imagens íntimas em redes sociais e aplicativos. Falta de informação, vergonha e medo são alguns dos motivos que ajudam a explicar o porquê de poucas mulheres fazerem a denúncia.
“Tanto a divulgação quanto a ameaça também são crimes. O primeiro passo é registrar um boletim de crime de ação penal privada contra a honra, injúria e difamação. Tudo vai depender de cada caso e de como aconteceu à exposição”, afirma a delegada.
(Luciano Moura – Diário da Região)
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