Votuporanga
+15° C

Máx.: +17°

Mín.: +

Ter, 29.06.2021
GD Virtual - Sites e Sistemas Inteligentes
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Publicidade

Represamento "seco" mostra Rubinéia engolida por hidrelétrica

Represamento "seco" mostra Rubinéia engolida por hidrelétrica

Publicado em: 10 de junho de 2014 às 11:42

A falta de chuva e a consequente baixa do volume de água do rio Paraná trouxeram à tona as ruínas da antiga Rubinéia, inundada em 1973, após a construção da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira. Restos de construções que ficaram no fundo do rio reapareceram, atraindo visitantes e trazendo lembranças de uma cidade que literalmente precisou “trocar” de lugar.

Um bar chamado “Fecha Nunca” pode ser considerado a pedra fundamental daquilo que viria a ser a antiga Rubinéia. O local era a última parada dos trens da Estrada de Ferro Araraquara, no fim da década de 30. Dali para frente, só com as balsas para fazer a travessia do rio com destino ao Mato Grosso do Sul. Fundada em 3 de outubro de 1951, Rubinéia ganhou este nome graças ao dono das terras, Rubens de Oliveira Camargo.

“A outra parte é por causa de dona Néia, mulher de Rubens. É uma homenagem”, conta o secretário de Turismo, Carlos Fernando da Silva. Parada da linha do trem e com economia forte, principalmente por causa da agricultura, a cidade chegou a ter 10 mil habitantes, quase quatro vezes mais do que os atuais 2,8 mil. “Esse número dobra em feriados e finais de semana por causa dos turistas”, destaca o secretário. Cidade tipicamente interiorana, ainda com chão de terra batida, mas já com um hotel e um nascente comércio, a população foi surpreendida quando em 1966 foi anunciada pelo governador Adhemar de Barros a construção da barragem de Ilha Solteira e a consequente inundação das terras de Rubinéia, assim como algumas pequenas partes de Santa Clara d'Oeste, Três Fronteiras e Santa Fé do Sul. “Muita gente não acreditou que a cidade seria realmente alagada”, explica.



A retirada dos moradores da antiga Rubinéia para a nova cidade, construída a três quilômetros de distância, longe do risco de alagamento, aconteceu entre os anos 1971 e 1973 e, apesar de tudo, foi feita com relativa tranquilidade, pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp), que pagou todas as indenizações corretamente. “O pagamento foi feito de acordo com o tamanho da área da propriedade que as pessoas tinham”, relata o secretário.





(André Nonato/ Alex Cabelo – Diário da Região)

Clique aqui para receber as notícias gratuitamente em seu WhatsApp. Acesse o nosso canal e clique no "sininho" para se cadastrar!
Publicidade