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Acusado de matar jornalista Helton é interrogado em Votuporanga

Acusado de matar jornalista Helton é interrogado em Votuporanga

Publicado em: 06 de agosto de 2014 às 07:36

O juiz Reinaldo Moura de Souza, da 2ª Vara do Fórum de Votuporanga, ouviu ontem à tarde, o casal acusado de matar o jornalista Hélton Eduarti de Souza, 28 anos, mas a sentença vai sair apenas em setembro.

O servente de pedreiro Adriano Santos Oliveira, 20, e a mulher dele, Vanessa Jaqueline dos Santos, 19, - apontada como cúmplice –, foram ouvidos durante duas horas.

Os acusados foram presos em 13 de março pela Polícia Civil de Valentim Gentil e Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Votuporanga. Além dos acusados, foram ouvidas as testemunhas de defesa e acusação. O juiz aguarda agora o retorno de depoimentos por meio de cartas precatórias expedidas em Fernandópolis e Macaubal para que, só então, sentencie o caso e publique a decisão. Um dos depoimentos mais aguardados é o de um policial de Fernandópolis que acompanhou as investigações. O promotor de Justiça João Alberto Pereira, responsável pelo caso, apresentou a denúncia como latrocínio, roubo seguido de morte. “O réu é confesso e a pena para este tipo de crime pode chegar até 30 anos de prisão. Ele matou com requintes de crueldade. Peço a pena máxima”, disse o promotor.

O advogado Gesus Grecco, que responde pela defesa dos acusados, afirmou que Vanessa, que está grávida, não teve participação no crime e apresentou a tese de homicídio preterdoloso, lesão corporal seguida de morte. “As testemunhas de defesa confirmaram que Vanessa na data do crime estava dentro de casa”, disse ele.

Nova versão

Foi apresentada ontem uma versão diferente da registrada quando Adriano foi preso, no dia 13 de março, em Valentim Gentil.

Em interrogatório, o servente de pedreiro confirmou que os dois foram até um galpão no recinto de exposições de Valentim Gentil e começaram a trocar carícias, mas Hélton ficou nervoso após Adriano pedir para terminar o encontro.

Neste momento, segundo o depoimento, os dois começaram uma briga. Oliveira enforcou o jornalista com o braço e, posteriormente, com a camisa da própria vítima.

“O Adriano realmente cometeu o crime. Só que ele confessou de uma maneira diferente. O que aconteceu foi que o Hélton queria ter uma relação com Adriano em troca de anabolizantes, mas ele não quis praticar o ato sexual”.

Segundo a versão do advogado, o servente deu uma gravata no Hélton, sabendo que ele poderia desmaiar. “Mas não imaginando que fosse matar. Até então não tinha essa consciência que ele tinha matado quando pegou o carro da vítima pensando em formar um álibi ali de que alguém tinha assaltado o jornalista”, disse o advogado, acrescentando que Adriano pegou celulares e outros objetos e os levou para casa só para sustentar o álibi. “Se for condenado por latrocínio, vamos apelar para o caso voltar para ser julgado como júri popular com tese de homicídio que a sentença é de seis a 20 anos”, afirma.

O servente retornou ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Riolândia e a mulher para Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, onde permanecerão presos até a sentença.





(Luciano Moura – Diário da Região)

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