Brasil se torna sócio do maior telescópio do mundo
Brasil se torna sócio do maior telescópio do mundo
Publicado em: 04 de agosto de 2014 às 14:03
O Brasil está próximo de se tornar sócio de um dos maiores telescópios do futuro, o Giant Magellan Telescope (GMT), previsto para entrar em operação por volta de 2020, nas montanhas do Deserto de Atacama, no Chile.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) aprovou um investimento de US$ 40 milhões para fazer parte do projeto, e já há um compromisso assumido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) de entrar como parceiro na iniciativa - garantindo, assim, que toda a comunidade astronômica brasileira terá acesso ao telescópio, e não apenas os pesquisadores paulistas. Procurado pela reportagem, o MCTI não se pronunciou oficialmente, mas confirmou a informação de que pretende arcar com 50% do valor aprovado pela Fapesp - ou seja, US$ 20 milhões. "Ainda não há nada assinado, mas já temos um acordo", disse ao Estado o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz. "O ministério foi muito receptivo à oportunidade de abrir o telescópio para a comunidade científica brasileira como um todo."
Os US$ 40 milhões garantirão ao País uma participação de 4% no consórcio do GMT; o que significa que 4% do tempo de uso do telescópio estará reservado para o Brasil.
"É uma participação que nos garante um número razoável de horas de uso e a oportunidade de estarmos suficientemente dentro da operação para entender e aprender como as coisas funcionam num observatório desse porte", avalia Brito Cruz -- destacando que, além da participação científica, abre-se a possibilidade da participação de empresas brasileiras na construção, operação e desenvolvimento tecnológico do telescópio. A proposta de entrar para o projeto foi apresentada à Fapesp no final de 2011 por pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo, onde deverá ser criado também um Centro de Gestão de Grandes Projetos de Astronomia. O cientista que está a frente da iniciativa é o astrônomo João Steiner, professor titular do IAG.
"Trata-se de um salto quantitativo e qualitativo que firmará a posição do país como participante pleno da astronomia mundial", disse Steiner à Agência Fapesp (veja a reportagem completa em: http://agencia.fapesp.br/19478).
(Herto Escobar – Estadão)
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