Fazendeiro acusado de matar médico de Votuporanga falta em 3 audiências
Fazendeiro acusado de matar médico de Votuporanga falta em 3 audiências
Publicado em: 15 de agosto de 2014 às 15:58
Um ano após a morte do médico oftalmologista de Votuporanga, Hedilon Basílio Silveira Júnior, o julgamento do casal acusado do crime continua indefinido.
Os acusados estão presos, mas o andamento do processo esbarra em detalhes jurídicos. Recentemente, a falta de escolta de um dos réus impediu a realização de três audiências em Araçatuba.
Com as redesignações o processo fica “parado” a espera dos depoimentos. Na última audiência, a mulher acusada e outros intimados compareceram, mas fazendeiro preso em Riolândia faltou por falta de remoção e escolta da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
Com a ausência do réu, todos que estavam na sala de audiência foram dispensados. Novo interrogatório foi determinado pelo juiz.
Desta vez, ele citou a pena de desobediência à ordem judicial pelos responsáveis pelo presídio.
Segundo o advogado do casal, Ivan Rafael Bueno, seis testemunhas de defesa devem ser ouvidas na próxima audiência em Araçatuba. Os depoimentos arrolados pela acusação já foram tomados.
No próximo mês também serão ouvidas testemunhas em Ribeirão Preto, na fase de instrução processual.
As alegações finais serão feitas na etapa seguinte, no Fórum de General Salgado. Os acusados devem ser julgados no ano que vem.
Relembre o caso
Segundo informações da Polícia Civil de General Salgado, o sítio de Hedilon, localizado no distrito de Prudêncio e Morais, era arrendado por seus vizinhos Érica e Aparecido.
O casal e o oftalmologista teriam começado a brigar após a mudança do leito do córrego responsável por delimitar as propriedades. Na noite do crime Hedilon foi até o local acompanhado de um homem de 71 anos, interessado em comprar um cavalo de propriedade do médico, e um funcionário de uma empresa de Votuporanga que iria realizar alguns reparos em uma caixa d’água.
Assim que chegaram à entrada da propriedade, por volta das 22h, os três estranharam a porteira sem o cadeado, mas mesmo assim partiram em direção a sede, onde encontraram o caseiro amordaçado e em poder de quatro criminosos, três homens e uma mulher.
Os três então foram abordados pelo grupo, sendo o médico já acertado por golpes de facão e tiros. Hedilon ainda tentou fugir para o quintal do sítio, mas foi alcançado e recebeu mais dois tiros.
Os bandidos então se dividiram. Um deles foi na caminhonete do médico, levando o corpo de Hedilon na caçamba, com uma das testemunhas sendo obrigada a guiar o veículo. Eles então pegaram a rodovia Feliciano Sales Cunha (SP-310). Após passarem de Auriflama, a cerca de 20 quilômetros de distância de General Salgado, o bandido mandou a tesetmunha estacionar a caminhonete.
Quando o criminoso desceu, ele aproveitou para ligar a caminhonete e fugir rapidamente, indo até o posto da Polícia Rodoviária Estadual de General Salgado, onde comunicou o assassinato e apontando a existência do corpo na caçamba. Já as outras testemunhas foram levadas pelo restante do bando em um Astra até o município de Santo Antônio do Aracanguá, a 40 quilômetros de distância. Lá os dois foram jogados de cima de uma ponte no Córrego das Cruzes.
Um deles conseguiu se salvar ao apoiar-se em galhos e troncos de árvores que estavam na água. Ele foi encontrado pela Polícia Militar por volta das 3h, nas imediações do córrego. Já o caseiro do sítio também foi jogado no rio, permanecendo parte da madrugada desaparecido. Ele foi localizado às 4h40 em uma propriedade rural onde foi pedir abrigo, após nadar até a margem. (Com André Nonato)
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