Jovem de 22 anos pega 10 anos de cadeia por morte de moça

O réu Raimundo Correa de Sá, acusado pelo assassinato de Mércia Ribeiro da Silva, foi condenado na tarde de ontem (1/8), a 10 anos de reclusão em regime inicial fechado sem direito a apelar em liberdade.

A sentença foi proferida pelo Juiz de Direito da Comarca de Votuporanga, Jorge Canil, após pouco mais de cinco horas de julgamento.

O réu de 22 anos foi submetido a júri popular e teve como seus defensores Jaime Pimentel e Roberto Farinazzo. A defesa sustentou a tese de legítima defesa e também a exclusão das qualificativas, apresentadas pela acusação. O julgamento teve apenas uma testemunha, no caso, o Policial Militar que atendeu a ocorrência. Este afirma que no local dos fatos, dois colegas de Raimundo que presenciaram afirmaram que a discussão teve início a partir de uma divergência sobre um copo que o réu portava. A vítima, que estaria sob efeitos do uso de entorpecentes, teria afirmado que aquele copo era dela, os dois teriam entrado em uma discussão calorosa, o que resultou na agressão. Raimundo usou um canivete para desferir os golpes que culminaram na morte de Mércia.

A arma não foi encontrada, tendo o réu afirmado que teria perdido o canivete durante o percurso para a casa de seu tio, onde ele foi encontrado horas após o crime. Ele permanece preso desde então. Tanto defesa quanto acusação se mostraram satisfeitas com o resultado da sentença. Questionado, o advogado de defesa Jaime afirmou que tem cinco dias para recorrer, porém, provavelmente não será necessário.

Réu

Em seu depoimento, Raimundo, que é do Maranhão e veio à Votuporanga em 2009 para trabalhar, afirma que conheceu Mércia na rua, naquela noite, voltando da casa de sua irmã, onde teria consumido bebidas alcoólicas. Ele conta que combinou um programa com a vítima e a levou para sua casa. No local, ela teria pedido à ele pedras de crack, Raimundo afirmou que não usava drogas. Logo após, eles teriam discutido por causa desse copo e ela teria tomado posse de um canivete que estava na pia.

Ele afirma ainda que ela o teria atingido na mão com o objeto e, só então, ele tomou a arma da mão dela e começado a atingi-la com golpes do objeto cortante.

Depois de mata-la, o jovem de 22 anos teria fugido para a casa de um tio, dois quarteirões de seu alojamento, localizado na Rua José Nésio de Oliveira, no bairro São João. O réu é primário e sua ficha criminal é limpa.



(Maíra Petruz – Diário de Votuporanga)