Jovem depende de ajuda para prótese em pé após acidente
Jovem depende de ajuda para prótese em pé após acidente
Publicado em: 20 de setembro de 2014 às 15:02
O 7 de maio de 2008 nunca sairá da cabeça de Ana Cláudia Coimbra, de 24 anos. Nesse dia, à s 22h, na avenida Antônio Antunes Júnior, no Solo Sagrado, ela perdeu parte da perna direta, logo abaixo do joelho, quando o condutor da moto em que estava na garupa bateu contra uma caçamba de entulho que estava na rua. Ana tinha só 18 anos. A pior notÃcia na vida dela foi dada pelo médico Ronaldo Lopes, de quem ouviu que parte de sua perna teria de ser amputada. Durante a entrevista ao OLÃ, Ana mostra no celular a imagem da perna dilacerada pela colisão. Dor, susto, tristeza, resignação, adaptação e duro retorno ao trabalho. Para superar tudo isso, Ana Cláudia teve apenas cinco meses. Foi o único tempo de “descanso†que ela teve nos últimos seis anos. Do acidente até agora, foram muitos dias de trabalho duro, perÃodo em que já substituiu a prótese duas vezes. Depois do acidente, ela também tentou cursar ciências econômicas, mas a dificuldade financeira interrompeu o sonho de ter diploma universitário. Para recuperar a qualidade de vida que tinha antes do acidente, Ana Cláudia precisa de exatos R$ 38,5 mil (em valores atualizados) para comprar uma prótese de fibra de carbono, bem mais anatômica que a atual e que vai dar uma mobilidade que, hoje, Ana não tem, como subir em ônibus sem ajuda, caminhar normalmente, sem mancar, Mais do que isso, poderá até correr ou andar de bicicleta sozinha, como é o seu sonho. Com dois empregos, Ana ganha só o suficiente para sustentar as filhas Katrina, de 6 anos. e Maria Eduarda. de 3. Mora com a mãe porque não tem grana para pagar alguém para olhar as meninas. Arcar com o custo da prótese nem em sonho. É neste ponto da história que entram os amigos do peito como a vendedora Camila Yasmin dos Santos Costa, 24 anos. “Eu e outros colegas de trabalho ficamos sensibilizados em ver o sofrimento dela, ao suportar o desconforto desta prótese, e, mesmo com dois empregos, ela não tem como comprar outra melhor. Então, resolvemos criar uma fanpage com o nome Ajudem a Ana a recomeçar com pé direitoâ€, diz Camila. Na página no Facebook (comunidade Ajudem a Ana a Recomeçar com o pé direito), já foram postadas 49 fotografias de amigos que aderiram à campanha solidária. A meta é conseguir o recurso o mais rápido possÃvel, porque o preço da prótese aumentar com o passar do tempo. Enquanto isto, Ana Cláudia prossegue com a luta cotidiana, Mesmo sem uma parte da perna, faz os “corres†da vida para não deixar faltar nada para as filhas. Prótese atual causa dor Todos os dias, Ana Cláudia é obrigada a passar pelo doloroso processo para colocar a prótese dada pelo Ministério da Saúde. “São necessárias três faixas para envolver minha perna até que fique firme, mas dói toda vez que andoâ€, afirma ela. A primeira prótese entregue pelo governo federal, segundo Ana, era tão ruim que, à s vezes, o “pé†simplesmente se soltava do restante da peça. Nova prótese, diversas tentativas de troca e a resposta que teve de escutar do ministério é que o “defeito†estava nela, que não se adaptava à peça. Depois desta, desistiu de reclamar, para tentar, por conta própria, comprar o equipamento adequado. Dá para perceber a precariedade da prótese, na dificuldade que Ana Cláudia tem para andar. No primeiro emprego, em uma financeira, ela fica das 10h à s 17h, quase todo tempo sentada. mas no segundo trabalho, num carrinho de açai, das 18h à s 22h, o serviço é feito todo em pé. O recomendado para Ana Cláudia é a prótese modular para amputação transfemural, com encaixe em fibra de carbono, joelho hidráulico, com ajuste de flexão e extensão e com pé multiaxial. Segundo o diretor da Conforpé Ortopedia, de Sorocaba, Nelson Tuzino Nolé, a prótese desejada por Ana Cláudia permite maior mobilidade e até retorno a atividades cotidiana como andar mais rápido ou pedalar. “Mas o valor da prótese subiu de R$ 28,5 mil para R$ 38 mil, porque já se passaram cinco anos desde que ela solicitou orçamento", afirma o empresário. Há possibilidade de obter financiamento na compra de prótese pelo BB Crédito Acessibilidade, linha de crédito do Banco do Brasil. O parcelamento é feito em 60 vezes, a 5% de juros por ano. Outra vantagem é que outra pessoa pode fazer o financiamento em favor do deficiente fÃsico. Caso a campanha não arrecade todo o valor da prótese, o que faltar pode ser feito por meio desta linha de crédito. Indenização foi mÃnima Ana Cláudia vinha da escola para casa, no Jardim Planalto, ao sofrer o acidente. Ela estava na garupa da moto dirigida pelo ex-marido, quando ele bateu em uma caçamba. A vÃtima acusa a empresa responsável pela caçamba de ter deixado o equipamento irregularmente à s margens da avenida. “Como alegaram não ter dinheiro para me indenizar, só me ajudaram por cinco mesesâ€, diz Ana Claudia. Procurada pelo OLÃ, a direção da empresa limitou-se a dizer que um acordo foi feito na Justiça e que o caso está encerrado. Na PolÃcia Civil, não há informações sobre a conclusão do inquérito de investigação do acidente. A alegação da polÃcia é a falta de dados para pesquisar documentos arquivados há seis anos. COMO COLABORAR: Banco do Brasil Agência 4228-5 Poupança 9957-0 Ana Claudia Coimbra Coelho CPF: 378.058.848-03 (Marco Santos - Diário da Região)
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