Cemitério lança campanha "O que quero fazer antes de morrer"

Para o próximo dia 2 de novembro, a diretoria do Cemipar - Crematório e Cemitério Parque Jardim das Flores já definiu a programação de Finados que, este ano, além da tradicional missa celebrada pelo padre José Américo Alves, da Paróquia Santa Joana, às 09h30, terá a campanha "O que eu quero fazer antes de morrer".

A campanha será realizada nos principais cemitérios do país, numa iniciativa do Sincep - Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil. Segundo Rolandinho Nogueira, diretor do Cemipar, "a campanha é baseada na ideia da artista plástica Candy Chang de New Orleans, nos Estados Unidos, e tem por objetivo estimular as pessoas a lembrarem das coisas importantes da vida", explica. De acordo com ele, o cemitério disponibilizará um espaço onde os visitantes poderão escrever sobre o que querem fazer antes de partir.

Lançada, com o título de "Before I die", traduzindo "antes que eu morra", após a perda de uma pessoa muito querida, a ideia de Candy foi prontamente entendida pelas pessoas.Para ajudar em seu próprio processo de recuperação, ela pintou uma parede de uma casa abandonada em New Orleans com tinta de quadro negro, encheu o muro com a frase "Antes de morrer eu quero..." e deixou uma cestinha com giz, para que qualquer pessoa que passasse por lá pudesse deixar seus desejos de vida", conta ele.

Os desejos foram os mais variados, alguns diziam querer viver para sempre, outros viajar o mundo todo, cantar para milhões, entender o porquê de estar vivo, encontrar um amor, falar à sua mãe que a amava e muito mais.

"O que se deixa nos quadros é bastante pessoal e inspirador e as respostas tanto fazem rir como chorar de emoção, um resultado consolador durante um período muito difícil na vidas de cada um, que nos faz lembrar que não estamos sozinhos à procura de um sentido na nossa existência", completa.

Rolandinho finaliza dizendo que os desejos poderão ser deixados por todos os visitantes do Cemitério Jardim das Flores, "mesmo que não possuam nenhum familiar que tenha sido sepultado ou cremado no Cemipar", conclui.